Esse negócio de cover, às vezes, força a barra


Cover. Não sei ao certo quando começou este fenômeno no Brasil. Se fosse chutar, chutaria início da década de 90, porque eu lembro de um programa de TV (Dóris para Maiores) que falou sobre músicos que interpretavam cantores e bandas internacionais.
Lembro também de um show em Campo Grande, no estacionamento de um shopping, nesta mesma época. Eu, gurizão de tudo, vi uma apresentação bacana do U2 Cover. Acho que era um festival de dois dias e chamava, salvo engano, RockAtivo, ou Rock Verão. Só lembro que foi legal. Galera tava no clima, não choveu , o vocalista vestia até aquele indefectível lenço que na época era marca registrada do Bono Vox. Tudo na paz e um meio de se divertir com o que poderíamos ter. Até porque, na época, era muito, muito, mais caro trazer conjuntos e artistas gringos para o território tupiniquim. Quanto mais para cá. No máximo, coisas de gosto duvidosas como Plaza (o famoso dance Yo, yo, yo!) e Double You (do melô Fiz Dois gols, Fiz dois gols).
Vinte anos depois, confesso que não nutro mais tanta animação por covers. Aos que interpretam bandas de fora e tal, ainda vai. Deve haver coisas boas, e muito lixão também.
Agora, fazer cover de banda/cantor(a) nacional é dose de uísque falsificado elevado ao cubo e sem gelo.  Não rola. Forçando vai aí um Toca Raul. Mas, no geral, na minha modestíssima opinião, é o famoso engana que eu gosto.  Falaram até em Cássia Eller cover.  No way!
 Já que é para radicalizar, eis aí algumas dicas: Jucy Ibanhes cover, Grupo Sampri cover, Impossíveis cover. Criaremos campanha cover bom é o cover raiz.
Menos, menos. Um Tributo às vezes, pode até ser. 
Cover cantado/encenado em português. Boa diversão, mas não me chame.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.

Educação nos EUA sob ataque conservador é mais do que um aviso