Só assisti agora, goste ou não, Cate Blanchett mostra porque é a Tár

Deixar bem claro, curti Tár. O fato de gostar de Cate Blanchett pesa muito. Merecia tanto quanto Michelle Yeoh a estatueta de Melhor Atriz, que venceu com Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Na boa, achei o filme bem superestimado. Enfim…

Blanchett conta dois Oscar, a principal, olha só, por Blue Jasmine. A produção já foi alvo dos meus pitacos. Tiver a fim de ler, clique aqui.

Em Tár, dirigido por Todd Field, se ainda não sabe, Cate encarna Lydia Tár. Maestrina e compositora fodona que comanda com mão de ferro a orquestra de Berlim. 

Manda, desmanda, faz acontecer. E paralelo a isso, tem uma companheira (Sharon, interpretada por Nina Hoss) com quem cria uma menina, a Petra (Mila Bogojevic).

Pelo que entendi maomeno, o filme meio que dividiu a galera. Li um texto legal que aborda esse lance, escrito por João Luiz Sampaio, no site Concerto.

 Teve gente que acusou a ficção (bom lembrar) de misoginia. Por outro lado, outro pessoal viu mais como questão de poder, como alguém se torna autoritário devido à posição de destaque. Quem é do meio da música clássica diz que Tár retrata coisas que acontecem mesmo. E tem a versão da Cate Blanchett. E, foi mal qualquer coisa, não vou ser mais realista que a própria atriz. Se discorda, tudo bem, é do jogo. 

O filme tem mais de duas horas, e pode ser que ache arrastado. Tem bastante diálogo, Todd Field filma de um jeito que várias vezes o longa tem cara de documentário. Mas, novamente, não é.

Ascensão e queda, predileções dentro do corpo de instrumentistas, problema familiar, falsidade, vaidade, vaidade. treta sobre gênero, lado comercial da coisa. Tem um pouco (ou muito) de tudo isso aí. 

O elenco manda bem, tanto o núcleo feminino quanto o masculino. Só que, a solista é a baita atriz australiana. Sob sua batuta, o drama psicológico é orquestrado em cima dos movimentos às vezes frios, às vezes nem tanto, porém, sempre bem interpretados. Blanchett parece entregar tudo o que podia para dar vida a uma personagem forte. 

Pensamento aleatório: em alguns instantes me lembrou O Diabo Veste Prada. Sei lá, acho que não, né. Deixa…

Ah, e até quem é pouco afeito ou acostumado à música clássica gosta das partes musicais, ensaios e tal. Direção caprichou para captar a beleza das sinfonias bem como closes e tomadas feitas bem de pertinho. Ficou bonito. 

Deu né. Se já assistiu, beleza. Se ainda não, vai um pouco avisado do que espera. Talvez. 

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