Blue Jasmine faz uma década. Nem parece



Opa, beleza?! Semaninha osso...bora lá.


Sabe aquela sensação de que você já viu, mas não tem certeza? Então, Blue Jasmine foi assim. Conversa vai, conversa vem e saiu um “não é novo, mas tem uma parada que tá bem em voga, sobre abuso emocional”. Pronto, engatilhou.


Além da questão de completar dez anos, foi lançado em 2013, tem o fato de dar uma saída, mesmo de leve, da Netflix. Assisti na Prime Video, a produção estadunidense tem no elenco Cate Blanchett, Sally Hawkins, Alec Baldwin, e Bobby Cannavale. Ou seja, haja bons argumentos para assistir, ou talvez seja seu caso, assistir de novo.


Momento sinopse: “Uma milionária mulher perde todo seu dinheiro e é obrigada a morar em São Francisco com sua irmã e os sobrinhos em uma casa bem modesta. Ela acaba encontrando um refinado homem que pode resolver seus problemas financeiros, mas antes precisa descobrir quem é e aceitar sua nova condição de vida.”


Advinha quem é a milionária mulher? Cate Blanchett. Sua irmã? Sally Hawkins. A primeira ganhou o Oscar 2014 de melhor atriz pela atuação no filme de quase uma hora e quarenta minutos. A segunda foi indicada à premiação de melhor atriz coadjuvante, perdeu para Lupita Nyong'o, de 12 Anos de Escravidão.


Se você gosta de assistir legendado e é bom no inglês, vai gostar ou deve ter gostado ainda mais. Blue Jasmine é calcado em diálogos. Boas falas, claro, um roteiro que te prende.


No longa, Blanchett é Jasmine, a protagonista. Retratada à primeira vista como uma pessoa superficial, que gosta do luxo, marcas caras e tal. Se você não viu ou não lembra, volte e meia rola uns flashback. 

Seu casamento parecia ir sempre muito bem, o Hal (Baldwin) a mimava e, ao mesmo tempo, deixava sua mulher em um estado de entorpecimento. Bem favorável a ele, óbvio. Até que a casa cai. 


Na outra ponta, sua irmã Ginger (Hawkins), passou longe de ter momentos aprazíveis.  Até viu a sorte grande lhe sorrir, só que... não rolou.
Trabalha em um mercado, separou, ficou com os dois filhos. Pensa em se casar de novo, o cara da vez é, digamos, rústico, mas que se diz honesto. E, sem papas na língua.


Sabe, durante o passar das quase uma hora e quarenta de filme, foi me dando uma, sei lá, agonia. Ser mulher, definitivamente, é longe de ser fácil. A produção bastante elogiada na época escancara isso por meio de um roteiro inteligente, sem parecer pedante, que aos poucos envolve e, se bobear, você nem repara. 

Jasmine e Ginger, embora muito diferentes, tentam encontrar o que sonham. Uma pessoa bacana e que atende talvez sentimentos e anseios que não faziam ideia. Se vão encontrar, é outros trocentos.

Vai que você vai rever ou assistir pela primeira vez, né.


No caso de Jasmine, a situação é mais complicada.

"Ansiedade, pesadelos e colapso nervoso, existem tantos traumas que uma pessoa pode suportar até que saiam para as ruas e comecem a gritar" (Jasmine French)


Sofre com problemas emocionais, e, por que não, “sofre” porque é bonita, e, sofre por ver naufragar a tentativa de subir na vida ralando como uma pessoa comum.


Falando assim, parece ser daqueles longas que as irmãs não se bicam, mas tem de se aguentar e tal. Blue Jasmine é bem mais. Rola traições e é interessante como isto é tratado no filme. Assim como seus desfechos.


Relações humanas, modos de (vi)ver a vida, e tal.
“Mas acho bem precioso para revelar táticas de manipulação afetiva. Um serviço”. Falou quem me indicou a dica.


Sem contar que, se curte jazz, a trilha sonora é das antigas. Blue Moon, que o diga. Aliás, essa citação de Jasmine French, linhas acima, colei de uma playlist do Spotify. Da qual escutei algumas vezes enquanto digito por aqui.


- E o diretor?


Muito diálogo, figuras estilo tipicamente urbanas dos EUA, e jazz. É muito Woody Allen.


Deixo um link de um texto que tem a ver com o que acho da bagaça. É do André Barcinski, puta jornalista que admiro muito, sobretudo no ramo da música e cinema. Referência.


Se puder ler, principalmente até a parte que Barcinski trata do assunto (a acusação de violência sexual), vale a pena. "Woody Allen: só os fatos, por favor" - clique aqui


E é isso. Fica a dica. 





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Abraço, cuide-se. 

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