Das antigas, o álbum Violent Femmes faz 40 anos. Escuta, essa é a dica

A capa - Reprodução da Internet


 E aí, beleza?! Então, tá bom…


Olha só, a dica da vez é um álbum que faz 40 anos neste 2023. Você sabe que já está longe de ser jovem, pelo menos na idade, quando já tem um pouco mais do que isso.


Sinceridade constrangedora, até umas semanas atrás nem sabia ou tinha interesse sobre o disco propriamente dito. “Culpa” de Amor e Anarquia, que acelerou o processo.


Meados da década de 90, na faculdade, escutei pela primeira vez, Violent Femmes, e o hit (?) Blister in The Sun. Desde então, volte e meia dava um jeito de escutar a Bolha ao Sol.


Com o advento dos streaming e tal, ficou mais fácil. Eis que, na série sueca, a dita cuja da música aparece em final de episódio. Daí fui ver de quando era esse som da banda estadunidense, formada em Milwaukee.


Caraca, 1983. Ou seja, quando escutei o álbum, que leva o nome da banda, já tinha uns 12, 13 anos.


Nesse intervalão, ainda teve outra música massa deles no percalço, a Color Me Once, de 1994, que faz parte do filme O Corvo. Aliás, puta trilha sonora, vale um post (meu, ou de pessoas que entendem de música) só sobre as faixas deste longa mais conhecido pela morte nas filmagens de Brandon Lee, filho do astro das artes marciais Bruce Lee.


Volto ao álbum Violent Femmes, como faz quatro décadas, data redonda, aproveito para deixar aqui, a minha lembrança. 


História rápida: a guria da capa do álbum é Billie Jo Campbell, uma menina de três anos que caminhava por uma rua de Los Angeles quando ela e sua mãe foram abordadas e ofereceram 100 dólares pela fotografia.

A imagem mostra Campbell espiando pela janela de uma casa em Laurel Canyon. "Eles ficavam me dizendo que havia animais lá dentro..”, relembrou Campbell, durante uma entrevista feita em 2007.


O disco tem 12 músicas (duas delas, Ugly e Gimme the Car foram incorporadas depois, para versão em CD). Sáo quase 45 minutos de um som bem bom.


A maioria das canções foi escrita quando Gordon Gano era um apenas um rapaz norte-americano de 18 anos, em Milwaukee. O álbum foi gravado em julho de 1982. Aliás, Gano, nascido em New York, faz 60 na próxima quarta-feira, dia 7. Aí, mais uma desculpa esfarrapada para eu falar sobre o discão.


E já começa com a Blister in The Sun, de quem já falei de mais.






A Violent Femmes começou com o baita baixista e músico Brian Ritchie, Victor DeLorenzo na bateria, e no violão o vocal ambíguo, melancólico, Gordon Gano. 


Se existe o tal one hit wonder (gente que emplacou só um hit na carreira inteira), a banda pode ter feito o one álbum wonder? Só uma provocação gratuita, mais para não perder o trocadilho infame.


Das coisas que li para ter uma certa noção de escrever por aqui, consta como estilo pós-punk, rock, rock alternativo. Ah, meu, eu acho que é um rock bem cru, tem umas pitadas de folk. 

Sério, umas passagens me lembram até Mutantes. Outras, parecem imagens bucólicas com tiozinho mascando fumo sentado na cadeira de uma varanda rústica, em meio idem. Uns experimentalismos interessantes, sonoridade recíproca.


Geralmente quando escuto essas pérolas, tenho certeza de que entendo muito pouco de som. Tipo, você ouve, por exemplo, Kiss Off, e pensa: eita, no começo dos anos 80, já tinha esse tipo de barulho legal.


Sem contar a letra:


“Situation gets rough then I start to panic

A situação fica difícil, então eu começo a entrar em pânico


It's not enough it's just a habit

Não é o suficiente, é só um vício


Hey, kid, you're sick? Well, darling this is it

Ei, criança, está doente? É isso aí, meu bem”





E, por aí vai. Add it Up é uma porrada.

Please Do Not Go, dá uma quebrada, de leve. Um romantismo a la Violent Femmes.


“How long can the days go on

Por quanto tempo os dias podem passar


When my love is so strong

Quando meu amor é tão forte


And I know I cannot tell a lie

E eu sei que não posso mentir


I want to see him go bye

Eu só quero ver esse cara ir embora


Bye bye bye bye bye bye bye

Tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau”


Prove My Love, talvez, pelas melodias, dava para ser a mais “comercial”. Talvez. Calma, isso não é demérito. Estão lá, o baixo competente de Brian Ritchie, e o vocal de Gano, parece que você tá em um bar, de boa, só a fim de escutar uma boa música.

Isso, este álbum entrega, certamente. Estou falando... se você curte rock, ou, ao menos, um trampo honesto, sem rodeios, subterfúgios, dá uma chance aí.


Ugly é bonitinha. Mas, ordinária.


“When you smile or a frown

Quando você sorri ou franze a testa


I'm so tired of you be'in around

Estou tão cansada de você estar por perto


Engaged in some sexual acts

Envolvido em alguns atos sexuais


We'll i'm just gonna have to tell you all the facts

Nós vamos ter que te contar todos os fatos”


E, fecha com “Come on dad gimme the car tonight, Come on dad gimme the car tonight

I got this girl I wanna....”





É isso, um baita álbum para esses dias frios no sentido que você quiser.

Só descobri agora, mas, antes tarde do que mais tarde ainda.


- Segue links que cliquei e tem a ver com o post


- Violent Femmes: álbum de estreia da banda faz 40 anos

https://oganpazan.com.br/violent-femmes-album-de-estreia-da-banda-faz-40-anos/



- Wikipédia

https://en.wikipedia.org/wiki/Violent_Femmes_(album)


- Letras das músicas

https://www.letras.mus.br/violent-femmes/



A contracapa do álbum - reprodução da internet



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Abraço, se cuide.

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