Pelo que entendi, em Cabeça de Toco tudo é Mato e em gotículas
Cartaz das apresentações realizadas na Casa de Ensaio |
Nem sei ao certo o porquê de escrever sobre a apresentação Cabeça de Toco. De repente é mais deixar um registro. Pode, ser.
Volte e meia gosto de ver coisa que não sou pingo capaz de tecer opiniões embasadas.
O lado bom é assistir lances tipo esse que literalmente rolou na Casa de Ensaio. Aliás, nunca havia adentrado por lá. Bem de boa, adoramos a coleção de livros: enxuta, porém com muita coisa boa. Djamila Ribeiro, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, fora clássicos e por aí vai. Fiquei de ver se posso de repente pegar emprestado.
Ers sabadão de manhã. Pouco mais das dez quando adentramos à escuridão na qual a performance seria executada. Renata Leoni, Marcos Mattos, Marcus Perez, tocos, a rolarem.
Um baguio, sei lá, imersivo (pode falar assim?), solitários pontos de luz e ao fundo um som instigante. Tudo é Mato, tudo é Mato!, verbalizava Febraro de Oliveira em frases contidas, às vezes nem tanto, de situações bem MS, e/ou universais.
Nesse pacote textual bem elaborado, e declamado com muita propriedade por Febraro, destaca-se a mulher. Explorada. Exploradas. Bolivianas, paraguaias, dss corumbaenses, vítimas da mineração, indígenas, dentre outras. Coincidência triste, logo na semana que a força desigual feriu o lado que mal tem água pra beber. “Que ‘conflito’ é esse?”
No cenário escuro, Leoni, Mattos, Perez se dobram e se desdobram. Um vai e vem, circular, tocos pra que te quero. Utilizadas de diversas maneiras, tal qual um megafone, chamar a atenção é preciso. Necessário, urgente.
Pelo que entendi, trata-se de uma dança-instalação, fruto de experiência que rolou em 2022, de projeto ligado a movimentos nacionais (CCNT) e internacionais (MID). A partir de 2023 ganhou a estrada.
Se não houve muitas apresentações desde então, que mais gente tenha oportunidade de ter a experiência.
Não importa se as mensagens sejam absorvidas como gotículas, gotículas…
É isso. Vixe, viajei grandão. Perdão se disse nada com nada.
Qualquer coisa, se interessou e quer conhecer mais, acessa as redes do quarteto, do Cabeça de Toco, dá seus pulos.
Eu fico por aqui.
Ao menos, registrei, guardei.
Momento agradecimento Foto - Luciano Kishô |
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