Sobre escrever, Inteligência, e machismo nada Artificial

 Opa. E aí?


Por mera coincidência, li uns textos que tem a ver sobre escrever. Teve um do Ruy Castro, em que uma das dicas – ou, seriam lições? - é reler o que você redigiu. Exercício que, segundo o escritor e jornalista, faz tirar muita coisa que não precisa. Sobretudo, no texto específico, advérbios em profusão.

Até lembra coisa de faculdade. Ás vezes, penso se a forma de escrever mudou. Se sim, para pior, melhor. Ou, simplesmente mudou.


No caso Ruy Castro, imagino que a premissa seria um texto mais duro, informativo, seco. Sei lá. Claro que no texto feito por ele, fica muito mais atrativo e convincente as explicações. Texto bom é outra coisa, né.


Outro dia tropecei na coluna da Miriam Goldberg, antropóloga e professora universitária. Penso ser outro estilo. Na cena propriamente dita, ela disseca o que lhe foi perguntada: Por que você escreve?


Resumidamente, revela que faz isso desde muito jovem, válvula de escape ao viver em uma família, ao que parece, bem problemática. Violenta. Relembra seus diários, coisas pessoais. Escrevo para salvar minha própria vida.

Posso me enganar, minha memória falha pacas, mas acho que ela já respondeu isso em outra ocasião. Enfim, apenas comentário.

Textar assim, no sentimento, tem de ser boa não só com as palavras.


Imagino ser bem bacana trocar ideia com gente desse nível. Aprende muito. Acho que nem saberia o que escrever.


Ainda nesta seara, me vem à cabeça a Inteligência Artificial. Que promete fazer esse serviço. Pelo que dizem, sou leigaço nisso, já existem ferramentas capazes de escrever textos sobre qualquer coisa. Só pedir. É sério. Que coisa.

E a tendência é piorar. Ou, melhorar. Depende do ponto de vista. Sempre haverá os apocalípticos e os integrados a fazerem Eco.


Na real, essa minha viagem que começou com o escrever foi um meio de tratar porcamente sobre AI (Artificial Intelligence). E, para variar, a capacidade do homem – aqui, de propósito, como gênero – de estragar as coisas.

Cito isso pelo exemplo (não sei se exemplo é a palavra adequada) horrível do ocorrido no Rio de Janeiro, onde a Polícia investiga caso de alunas vítimas de nudes falsos criados por meio de inteligência artificial. Machismo raiz, nervoso.


Tentáculo que se junta com tantos outros a ser enfrentado. O que se avizinha é que vai piorar. Esse negócio de Inteligência Artificial passou do tempo de ser levado a sério de verdade. E bem escrito. Seja com informação, pode ser também com sentimento a reboque.


Já tem de aturar barras pesadas como a invisibilidade do trabalho de cuidado. Precisamos cada vez mais enfrentar os problemas. Nada artificiais.

Enquanto geral mandar um “tou (E)nem aí”, filhas, meninas, mulheres seguirão ano após ano a multiplicar esforços para se virarem e escreverem certas por linhas tortas.


É esse o devaneio/desabafo mal escrito da vez.



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