Peguei a eleição argentina para indignação recreativa da vez

 E aí, beleza?!


Mal aí, vontade de surfar ou surtar, tanto faz, em indignação recreativa. Que a população da Argentina tenha sorte. Já que não tiveram muito juízo.

Logo na manhã desta segundona, vi um story e, confesso, demorou para cair a ficha. Devia ter curtido, agora acho que não dá mais. Fim de semana para dar um tempo alheio ao noticiário dá nisso.


Uma ilustração da Mônica e a Mafalda. Abraço. Singelo balãozinho que sai da personagem de Maurício de Souza com frase destinada à icônica menina criada por Quino: “Vai Passar”.

Tá, imagem bem batida, joga na pesquisa a acha facinha. Só que resume muita coisa. Baita mensagem.


A grosso modo, Javier Milei chega ao poder mais ou menos como outros alcançaram em tempos recentes os principais postos da América do Norte e a do Sul. E, ufa, derrotados na reeleição.


Aquele combo quase clichê de economia ruim, populismo em alta, ar de nome “novo” na política, e certo desdém de grande parte do eleitorado. Aos 53 anos, o argentino de Buenos Aires adota postura ultraliberal e, ao mesmo tempo, acham graça dele ter como consultor seu cachorro Conan, com quem pede conselhos por meio de médium.


Como papel semelhante ao no Brasil, se bem que o caso por aqui consegue ser mais esdrúxulo, mas tudo bem, fica para outra hora – a impressão é a de que o líder da coalizão A Liberdade Avança (geralmente nome desses negócios é de gosto bem duvidoso) foi tratado inicialmente como um alguém caricato. Tipo, vai dar em nada.


Até às vésperas do pleito, em canal de notícias brasileiro, debate entre apresentadora e jornalistas era de abordar a situação na Argentina como coisa engraçada. E eu, indagava com meus botões, “isso é sério, porque tão fazendo tanta piada?”. Achei total fora de tom.

Ofusca o debate de que é extrema direita, defende a dolarização da economia, privatização de estatais e fechamento do Banco Central. Sei lá, talvez seja chatice minha.



Pode afetar muita coisa. Ou acharam que o candidato da situação iria ganhar no final? Enfim, agora já foi. Mostra como os dois principais países da América do Sul parecem estranhos um ao outro.


Já intitularam o novo presidente de anarcoliberal. Caraca, confesso que buguei em minha ignorância. Anarquia e ultraliberalismo (caso do hermano em questão) juntos. Preciso de junta multidisciplinar para me convencer que é possível essa união.


Pero, diferente do que rolou aqui durante o desgoverno, Milei é minoria no Congresso. Hay una esperanza. Quem sabe, ele não dure muito. Vai que forças ocultas o façam deixar o cargo antes do tempo. Como dizem por lá, não acredito em bruxas, mas que existem, existem. Sempre tem o deus Mercado à espreita...


Ou outro caminho é ele dar certo. Hummm, é pensar muito fora da casinha. Aí, meu humor é estilo Mafalda. Todavia, boa sorte para a galera lá. Do lado de cá, bom ficar esperto. Ingenuidade achar que não respinga país afora. Com a velocidade virtual atual, entonces, para variar, é bom ficar alerta.


E é isso, fim do subterfúgio Indignação Recreativa da Vez.



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