Quando o Brasileirão termina, a temporada do esporte no país acaba

*Texto meu publicado na edição de hoje (5) do jornal O Estado MS

O Brasileirão de futebol termina daqui a um mês. E, me perguntam quem vai ser o campeão. Se eu soubesse 100%. faria igual ao Cléber Machado e já anunciaria agora.  Bom, hoje eu cravaria o Palmeiras. Lógico. Como esporte é emocionante porque a previsibilidade passa longe, ainda deixo em aberto. Flamengo, Santos e Atlético que se virem para contrariar o que parece óbvio. Quem tem Moisés e Jesus no elenco, por falta de fé em campo é que não perderás o título esperado há 22 anos.

No Rubro-Negro carioca, Guerrero e Diego e companhia ainda não me parecem prontos para o sétimo título do campeonato nacional. Entretanto, parece claro, se depender do cheirinho da torcida, os caras podem até chegar. Já os alvinegros dependem muito do dia. Se no dia, Lucas Lima, Ricardo Oliveira e elenco estiverem inspirados, há sim uma luz de esperança no fim do túnel da Vila Belmiro. Em Belo Horizonte, a situação é semelhante. Robinho, Lucas Pratto e grande elenco quando estão naquele momento em que chutou a bola entra, e são Victor nos milagres, aquele bendito “Eu Acredito” é de respeitar. Só acho o Galo Mineiro menos candidato porque tem a Copa do Brasil no meio do caminho.

De qualquer forma, se antes o meu palpite era o de que o Verdão festejaria o título diante do Botafogo, dia 20, com dois jogos de lambuja, hoje não estou tão certo. Amanhã são outros quinhentos.
Pois é, textão desta vez está bem da paz, não é?! Até meio sem sal, inodora. Creio eu não fará mal a ninguém. Se bem que, em tempo de internet e tolerância quase zero dentro e fora do campo virtual, vai que algum “torcedor” veja alguma provocação contra o seu time de coração.

O estranho é que sei lá se é bom ser tão “da paz” no atual contexto. A Olimpíada se foi, a Paraolimpíada idem, a eleição acabou e o clima de abstenção paira também no esporte. São quase nulos os reclames por melhores condições, de exigir ações concretas para a área. Atletas, dirigentes, políticos, torcedores. Até nosotros, a imprensa. Até porque, a culpa é sempre nossa.

E falei sobre o Brasileirão porque o esporte no país encerra a sua temporada quando esvai a Série A. Já que gostamos de copiar o que vem de fora, o que custaria um calendário com disputas de outras modalidades que não batesse com as decisões do futebol? Pelo menos discutir a ideia. Olha só nos States, como sabem dar atenção para suas paixões. No começo do ano tem a final do futebol deles, o americano. Antes do primeiro semestre, a decisão da NBA, e neste fim de ano, o beisebol conhece o campeão.
No Brazil, as finais da Superliga, em abril, coincidem com os campeonatos estaduais. As do basquete (NBB), acontecem em junho, em meio à Libertadores. E, os demais nem aparecem nas estatísticas. Calma, ninguém é doido para bater de frente com o futebol. Porém, seria interessante ver mais decisões diferentes. Quanto mais opções, melhor. Mais chances de sermos efetivamente uma potência esportiva.

Ou, larga a mão, vai ver está bom assim. Desocupa tudo. Enem que seja à força.
Abraço.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Dez músicas para Campo Grande no modo aleatório

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.