Nem é tanto o preço, pegar busão pode ser menos sacrifício e mais bacana
É aqui em Campo Grande, mas
acho que é em toda cidade média/grande. Quando você pensa em ônibus, na mente
vem de passagem aquele busão cheião-apertadão-sujão e todos os ãos que dão
aquele ar de se pudesse usava só em último caso.
Por aqui, de acordo com que eu
ouvi, são 200 mil usuários em média por dia. Aliás, é estranho chamar de
usuário, parece que é droga. Vai ver que, porque o serviço de transporte,
infelizmente, muitas vezes se assemelha a isso.
Aí todo ano, Brasil em geral,
é aquela celeuma para ver se o preço da tarifa sobe. Um estica e puxa, empresa
fala que é pouco, povo fala que já tá caro, e prefeitura...na espreita, até o
último ponto para puxa a cordinha. Sei lá, se ainda tem essa de puxar a corda
para o ônibus parar. Faz um tempaço que não utilizo. Quando “pegava” os 070 da
vida, uma época tinha até botão em vez da cordinha. Naquele tempo, como hoje,
serviço já não era de animar.
Sobre o valor ideal de todo
ano da tarifa, para um leigo como eu nessa área, fácil não é para se chegar a
um denominador comum. Mas, seria legal se empresa e prefeitura divulgassem uma
planilha com todos os gastos e recebimentos para quem quiser ter uma ideia de valores. Por exemplo, se a tarifa é R$ 3,25,
multiplicar esse valor por, sei lá, 200, 400 mil passageiros por dia, ida e
volta. Depois vezes 22 dias (maomeno um mês sem sábados e domingos). Esse
dinheiro, lógico, tem que pagar funcionários, combustível, manutenção da frota
(pneus, freios, etc), gratuidades (que, convenhamos, tem de montão também), impostos,
e tal. Além da margem de lucro para a empresa, óbvio. Puxa, ia ser bacana se
isso constasse em algum link, devidamente certinho. A gente teria uma base para
saber se, realmente, tá barato, tá caro.
Saul Schramm/O Estado MS |
Então, até aí é o que todo
mundo tem em mente. E, muitos, a maioria, vai pensar: “Difícil os caras falarem
assim tudo certinho, hein?!”.
Bom, sonhar não custa nada, nem
R$3,25. Mas, a longo prazo, bacana seria mesmo mudar a
mentalidade/consciência/imagem/costume de quem vai de ônibus e de quem é responsável
pelo mesmo. Li uma entrevista em junho deste ano na Folha de S. Paulo, e desde
então fiquei com isso em mente. “Ônibus merecem tapete vermelho nas cidades,
diz ex-secretária de Nova York”.
A grosso modo, Janette Sadik
Khan é uma urbanista que desenvolve ideias para melhorar o trânsito nas grandes
cidades. E, pelo que entendi, defende a humanização para que utilizar ônibus e
bicicletas na área urbana seja prazeirosa e não uma coisa modorrenta. Exemplos
como tornar a frota mais confortável, ou pintar os ônibus para deixar agradável
aos olhos, até sistemas mais inteligentes e não tão mirabolantes como sensores que
fazem os veículos coletivos sincronizarem com os semáforos. Cita até o modelo
de corredor de ônibus de Curitiba. Que, ao que parece, sabe se lá o motivo, só
dá certo lá.
Qualquer coisa joga “Ônibus
merecem tapete vermelho nas cidades, diz ex-secretária de Nova York” na
pesquisa da net. Acho que dá para ler mais sobre, porque fiz uma rala
explanação. Quem sabe, uma baldeação para conexões maiores.
Escrevi um “pouquinho” por
aqui pois seria interessante trocar ideias não somente sobre o preço do busão.
Mas, como fazer para que não deixe de ser um sacrifício, para todas as partes,
e torne mais agradável a sua utilização. E, faça mais gente deixar o carro em
casa. Eu, incluso. Abraço.
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