Dirigentes e os esportes para chamar de seu. Ad eternum

Quem disse que o casamento é uma instituição falida? Olha só o Júlio Grondona, que preside a Associação de Futebol da Argentina há 35 anos, em um perfeito enlace futebo-matrimonial. E, nesta semana conseguiu junto à maioria dos seus padrinhos, ou clubes filiados, a façanha de aumentar de 20 para 30 os times do Argentinão, a partir de 2015.  Alguma objeção? Que fale agora ou calem-se para sempre.
Em nível nacional, Carlos Arthur Nuzman também parece viver em constante lua de mel com a maioria dos dirigentes nas mais diversas modalidades. Às voltas com o trabalho recheado de elogios, cujo ápice será o Rio-2016, Nuzman e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) completarão 20 anos de uma parceria exuberante: sem problemas de locais e aparelhos para os atletas treinarem, cheio de investidores privados apoiando os esportes, a natação que tem Cesar Cielo à frente, ano após ano tendo menos nadadores nas competições adultas, ex-ginasta tendo de fazer uma “vaquinha” para fazer tratamento após queda durante treino para representar o Brasil. Maravilha!
E, no Mato Grosso do Sul, palmas para a cerimônia da última quarta-feira, em comemoração à Bodas de Prata, 25 anos de bons serviços prestados dos dirigentes com a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). O ato serviu para reafirmar os laços por, pelo menos, mais quatro anos. Sem “penetras”, ou descontentes, a sensação entre os envolvidos é de total satisfação. “O Cene entende que o futebol do Estado passa por bom momento”, disse um dos 30 responsáveis pela ocasião.
“O que houve lá (em Mato Grosso, vizinho que tem gente na Série B e na Série C) foi uma conquista do Governo com apoio da classe empresarial... Por causa disso espero até o final do ano junto com Governo e a classe empresarial do Estado discutir um pré-orçamento para os clubes”, prometeu o dono da festa, talvez almejando mais 25 anos de sucesso. Um brinde e longa vida a todos! Eles (se) merecem.

Sem Senna, às vezes me sinto sem pai nem mãe na F-1

Muito antes, e põe antes nisso, de pensar em ser jornalista, já acordava de madrugada para ver as corridas de Fórmula 1. Mentira: madrugava para ver Ayrton Senna.
Ao lado da minha (finada) avó, que torcia tanto para ele como, depois, creio, para a Honda. Obviamente, com um quê de orgulho nipônico embutido.
Nada contra Nelson Piquet, mas, devido à minha idade (hoje tenho 36), a memória visual guardou primeiro aquela Toleman arrepiar o poderoso Alain Prost em Mônaco (quem disse que não havia patriotada no automobilismo deveria assistir a esta corrida de 1984) . Depois vieram os bólidos carros da Lotus, até chegar ao vermelho e branco da McLaren. "Brasileiro não gosta de esporte. Brasileiro gosta de ganhar". Se a máxima tem muito ou pouco de verdade, boa parcela deve-se ao Ayrton Senna...do Brasil!
Não sou sensitivo, mas, sabe quando você tem a sensação de que algo não vai dar liga? Então, fiquei com esta impressão quando o brasileiro foi para a Williams. Daí em diante aconteceu o que todo mundo já sabe. E, que há 20 anos, o universo relembra, re-homenageia, reverencia.
Se a cobertura automobilística ficou orfã depois do fatídico 1º de maio de 1994? "A Fórmula 1 perdeu a graça depois do Senna".

É outro chavão que se houve muito por aí. Ainda assisto, leio e vejo muito de Fórmula 1. Mas, confesso, ás vezes me sinto como o torcedor "comum" à frente da televisão: perdido, sem pai nem mãe.

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