O que o Brasil está fazendo nos Jogos de Inverno?

O que motiva um país a enviar ou se inscrever em uma competição de altíssimo rendimento se os atletas não têm chance de, pelo menos fazer um papel digno?
O que os brasileiros estão fazendo nos Jogos de Inverno, na Rússia?
- Experimentando na pele o famoso "o importante é competir"? 
- Ou, em clima de Carnaval, inspirando criação de blocos como "Os últimos serão os primeiros"?
Não sou daqueles que torcem o nariz para a competição (embora a Rússia tenha feito uma pá de coisas que pesaram contra e já manifestadas neste blog). Gosto de ver a patinação, bobsleg, hóquei é o meu preferido. E ainda tem outras modalidades visualmente bonitas e outra engraçada.
Mas, em que pese todo o ufanismo sobre a neve que, principalmente as tevês estão fazendo, o brasileiro só não é motivo de chacota porque estamos no...Brasil. 
Você se lembra do nadador da Guiné-Equatorial Eric Moussambani? Que na Olimpíada de 2000 em Sydney quase morreu afogado tentando completar a prova? Folclórico, engraçado né? Diz aí, sinceramente, qual a diferença em ver os brasileiros do bobsled ou a patinadora que chegaram em último?
Ah, tudo bem, só gastaram 8 milhões no ciclo olímpico gelado brasileiro para mandar 13 bravos representantes do país tupiniquim.
Olimpíada realmente é para adquirir experiência. Para quê planejamento, para quê tentar um trabalho a médio e longo prazo, fazer intercâmbio, participar de provas menores e ir aumentando de patamar até chegar a um Mundial e, quem sabe, Olimpíada de Inverno.
Do contrário, sinceramente, melhor deixar quieto. Entrar numa gelada e achar que é bonito "realizar um sonho" pode ser emocionante para o atleta, para a família, os amigos. Mas, não dá para esconder o sentimento de constrangimento. Ou o de "ignorância protetiva" (algo como "nem assisto isto, nem tem brasileiro e quando tem é só para chegar em último).
Já deu.

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