Basquete brasileiro aceitou pagar R$ 2 milhões para jogar o Mundial. (Não) vale a pena?!
Você literalmente pagaria para
jogar? Pergunta complicada vista assim, de supetão, ao léo.
Mas, imagina, nesse esporte
nacional que vive com pires na mão, o quanto seria bem vindo uns R$ 2 milhões.
Pois é, a Confederação
Brasileira de Basquete, a CBB, pagou 820 mil euros para comprar o “convite” da
Federação Internacional de Basquete, a Fiba, que desse o direito a postular uma
das quatro vagas restantes para o Mundial de Basquete que acontecerá na
Espanha, este ano.
Na quadra, a seleção teve
chance. Na Copa América, tinha grande chance. Mas, daquelas coisas difíceis de explicar,
fez uma das piores campanhas de sua história.
Aí, a esperança restou em ser
chamado pela Fiba. Quatro vagas que, a princípio, deveriam ser preenchidas por
critérios esportivos. E a taxa de 820 mil euros, sob alegação de fomentar o
basquete no mundo, não seria bem uma delas. Eu acho.
Italianos e alemães desistiram
de pagar a grana para postular uma vaga. Os primeiros acharam assustador o
valor cobrado, e os segundos disseram não ter esse dinheiro todo para torrar.
Veja bem, mesmo assim,
corria-se o risco da seleção gastar essa “mixaria” e ainda ficar de fora.
Não foi o que aconteceu. E,
sinceramente,nem sei se ficaria feliz em ver toda essa grana indo embora, com o
país fora. Quer dizer, sendo bem empregado pelos cartolas mundiais.
Mas, como o país bicampeão
mundial, medalhista de bronze olímpico e dono de um título histórico em 1987
(campeão pan-americano em cima dos EUA, em Indianápolis, berço do basquete), é
super estruturado em seu território, o que seria gastar R$ 2 milhões, né?
Em Mato Grosso do Sul, por
exemplo, o basquete padece a olhos vistos. Os campeonatos de base são esvaziados,
os torneios adultos e masculinos praticamente inexistem, nenhum projeto está
previsto para melhorar o cenário...ah, deixa para lá. Quer saber de basquete,
acompanhe a NBA não é mesmo?
E, impressionante, não houve cobranças maiores
ou questionamento em cima da Confederação, para provar ou argumentar o quanto
compensa comprar a vaga do Mundial.
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