Estadual MS versus RJ-SP: a comparação sem comparação

E o Santos, hein?! Detonou 5 a 1 no Corinthians, em uma quarta-feira recheada de jogos. Meu pai ficou faceiro, santista que é. Tudo bem, não chega a ser um saaantiiista. É santista. Acho engraçado, torcedor é legal. Mas, indago-o: “Véio, você não assistiu o jogo do Estadual?”. E, ele, meio sem jeito, respondeu: “´Éééé..., não tem comparação... É muita diferença, não tem barulho de torcida”. 
Infelizmente, contra fatos, argumentos inexistem. Já acho estes estaduais (todos, sem exceção) de um nível técnico sofrível (ao fim deles, contaremos nos dedos aqueles que valeram a pena ter), e aí, bater de frente o Sul-Mato-Grossense com os demais regionais que contam com times da Série A, é, uma judiação. Sei lá, ás vezes, o torcedor até simpatiza e deseja dar uma força para o torneio daqui, mas, a boa vontade para em simples comparação: a qualidade do produto. Alternativas? Evitar bater de frente nos horários, joga para quinta-feira, sábado, domingo de manhã. Deixa a “faixa nobre”, quarta à noite e domingo de tarde, para as finais. A continuar este quadro, corre-se o risco de, como aconteceu no meio de semana, em que federação e organizadores marcaram o jogo do Cene para as 16 horas. Resultado: 43 pagantes. No mesmo instante, lá em Nova Friburgo, o Flamengo jogava para um público noventa vezes maior.
Mas, por quê da comparação que não tem comparação?! Pois, à noite, com horários iguais aos do eixo Rio-SP, principalmente, o abismo é menor, mas não muito.  O Comercial levou ao Morenão 197 pagantes para ver a goleada de 4 a 0 diante do Costa Rica. Número só 40 vezes menos do que o jogo da Vila Belmiro. Aquela partida, que meu pai preferiu ver. “Ah, mas é clássico, lógico que todo mundo vai ver Santos e Corinthians”, alguém pode argumentar.  Também concordo. Em uma noite em que teve ainda Carioca, Gaúcho, Libertadores, tentar colocar no mesmo patamar o futebol do Estado que hoje encontra-se na última divisão do Nacional é surreal. Chega a ser tragicômico.
Óbvio, assim. Mas, para alguns, é difícil enxergar a simplicidade. O que me conforta nisso tudo, ou seria melhor, me consola, é que alguém ou alguns devem estar ganhando com tamanha ousadia. 
E, dentro de campo? Fale algo legal. Ih, só ouço o barulho dos grilos. Brincadeira. Do que assisti, o Cene surpreende, liderado pelo veterano Edmilson Dubinha, ou “Dubão”, pela robustez que se apresenta nos gramados. O zagueiro tem ajudado o Amarelão na medida certa. E, o Comercial espantou as derrotas com uma acachapante goleada de 4 a 0 sobre o Costa Rica. Quem diria, o time comercialino deu um “Crec” no adversário, e até provocou a derrubada do técnico do time do Interior.
Bom fim de semana a todos.

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