Última noite da Pantalhaços foi bacanamente Desajustada

Imagem de Desajustada, no Teatro Prosa, em Campo Grande-MS

E nem sabia que 10 de dezembro é o Dia Internacional do Palhaço e da Palhaça. Parabéns! Melhor nem falar nada…e assistir Vanderleia Will no palco do Teatro Prosa do Sesc Horto.

O espetáculo da Cia Pé de Vento, de Florianópolis-SC, encerrou a edição 2025 da Mostra Pantalhaços, em Campão.

Desajustada é um espetáculo cômico circense e sem palavras que utiliza o ridículo exacerbado de uma mulher condicionada ao seu cotidiano para refletir sobre uma estrutura social limitante. Gags, pitadas de mágica, truques e pequenas ilusões colaboram para apresentar o panorama de um território ora patético, ora bombástico, mas sempre sob os domínios da atriz e palhaça Vanderleia Will.” 

Essa é a sinopse padrão da apresentação que, pelo que dei uma pescoçada, tem ao menos quatro anos de estrada.

Eu conhecia nada da peça mímica e, pra variar, o rolê aleatório deu bom. A lamentar somente a presença de público. Merecia mais gente, ainda mais de grátis. Quem não foi, perdeu. Pra variar, queria ter aproveitado mais. Assim como no ano passado, quando escrevi sobre a payasa argentina Maku Fanchulini. Quiser ler o pitaco daquela vez, só clicar aqui. 


No palco, Desajustada se passa maomeno por três fases. Ou seriam quatro? Não sei…

Em uma espécie de gaiola, a personagem vivida por Will mostra como é difícil a mulher se libertar das amarras.

Ao usar o humor como arma - e seus mais ď 30 anos de experiência - Vanderleia faz troça e destroça situações que a sociedade julga ser “dever” da mulher. Ou mais adequado seria dizer submissão?

Tais como zelar pelo lar, ou assédio moral no trabalho. Tudo isso a bordo de uma sobrecarga que a personagem aguenta calada, porém, por meio de gestos se faz entender com competência o absurdo cotidiano. Sem esquecer de dar aquele sorriso “tá tudo bem”. 

Rosto, cabelo, corpo feminino alvos de uma cobrança por perfeição. A busca sem fim pela aparência que espelho nenhum vai botar defeito é um dos motes da terceira situação vivida na exibição. 

A iluminação e o som complementam a performance que desemboca em risos, risadas, empatia e, ao fim, palmas.

Assistir Desajustada foi bela pausa de descontração e lucidez em meio a uma quarta que desde a madrugada se desenhou desanimadora. 

Fico por aqui, perigo de dizer apenas mais obviedades em minha condição de leigo.

Tudo de bom meio atrasado aos palhaços e palhaças de verdade pelo seu Dia. E. sempre!

Imagens: Blog do Kishô


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