O Filho de Mil Homens é bonito e brutal. Ou, brutal e bonito

Divulgação

 O Filho de Mil Homens é bonito e brutal. Ou, brutal e bonito. Vi na Netflix, por indicação de uma amiga.

Dirigido por Daniel Rezende, tem como chamariz inicial o protagonista Rodrigo Santoro. Ele é Crisóstomo, pescador que vive sozinho e sonha em ter um filho.

Em pouco mais de duas horas, o longa entrelaça histórias como se fossem baseadas em capítulos. Até porque é baseado no livro homônimo do português Valter Hugo Mãe. Filmado em Búzios e Chapada Diamantina, a fotografia – por Azul Serra - é caprichada, parece papel de parede das antigas de computador. Isso é elogio, beleza?!

O drama abriga umas quatro histórias com uma pitadinha de realismo fantástico. E, muito de realidade em camadas agridoces (alas, sempre quis usar esta palavra e nem sei direito o que significa).

Por outro lado, Daniel Rezende e companhia fazem do ato quase monossilábico um silêncio como quem diz: calma, pessoinha.

Além de Crisóstomo, O Filho de Mil Homens desnuda a situação de Isaura, atuação marcante de Rebeca Jamir. Presença forte em cena.

Antonio, interpretado muito bem por Johnny Massaro. Meu, esse personagem é o principal do brutal que citei no começo.


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Não se trata apenas da ausência ou perda do pai, da mãe. O Filho utiliza situações sutis para espetar o conservadorismo que habita no cerne do povoado (tão religioso que doura a fé). Que o diga Francisca, vivida por Juliana Caldas. O lance dela, assim como outras mulheres do lugar, parecem viver a la Dogville (do Lars Von Trier), é carregado de uma pressão sufocante.

Para isso, é necessário gritar a fim de descarregar o que sente.

No geral, o elenco manda bem, como as mães de Isaura, interpretada por Grace Passô, e de Antonino, vivida por Inez Viana.

E, chego em Camilo (Miguel Martines), o garoto que acaba adotado por Crisóstomo. Um choque entre maneiras de ver o mundo, e, na qual, o longa apresenta um dos diferenciais. Um idealismo, humanismo, quase impensável de se praticar, diante de pensamentos infelizmente enraigados. “porque é assim”.

Nessa lacuna, um entusiasmo por vezes difícil de se tocar, mas de se fazer sentir aos poucos, desemboca em, sei lá, por rosa no cano de onde sai a bala da carabina.

Ao fim, O Filho de Mil Homens trata-se também de, se dar uma chance, de dar uma chance ao outro,à outra. E, por que não?, redenção. Questões difíceis de responder, porém, sem apelar para a fácil violência fácil.

Distante disso. Sentir-se abraçado é melhor.

Não conseguirei explicar ou falar algo melhor. Tem uns detalhes em cenas, tipo alça do vestido de Isaura, churros, e, o varal de uma casa que não tem porta.

Deu, como falei, ao fim das contas, O Filho de Mil Homens é um filme bonito. Mas, não gratuito.

Abraço

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