Teatro, Payasa, risadas, teve isso. Mostra

Imagens: Blog do Kishô


“Gargalhada falsa vale”. Esse foi um dos subterfúgios usados pela palhaça Maku Fanchulini. Ela se apresentou sexta-feira lá no Aracy Balabanian, local do rolê da vez.
Não chega a ser aleatório pois foi dentro da Mostra Pantalhaços. Queria ter aproveitado mais. Pareceu bem interessante.
Como só fui nessa noite, sei lá o motivo, tipo pegar a programação e fazer “uni duni tê, o escolhido da vez foi você. Ah, lembrei, uma das coisas que chamou a atenção é por ser de Argentina.
O país natal era a única referência que tinha da Payasa. Fora umas informações de mostra país adentro e sua conta no Instagram.
Chover no molhado dizer que a vantagem de ir sem expectativa é diminuir muito o risco de se decepcionar. Bingo! Quem não foi, apesar do teatro ter recebido bastante gente, perdeu boas dezenas de minutos de risadas, a bordo da apresentação solo da Fanchulini.
No início, até pensei que as falhas em seu microfone faziam parte do show… não eram. Com experiência de quem se apresenta em locais abertos, os esquetes, coreografias, malabarismos suplantavam esse detalhe. Pelo que pincei na internet, Maku apresenta as peripécias mostradas sexta-feira há uns cinco anos.
Já a sonoplastia esteve ok, som igual, e efeitos sonoros idem. Como é vantagem ter um teatro de volta.
Enquanto assistia a performance, pensava o quanto é desafiador a arte de provocar risadas nos tempos de hoje. Desde o cuidado com brincadeiras que possam parecer preconceituosas, desde o desafio de sair do lugar comum sem cair nos clichês, e, talvez o principal, conseguir entreter a criançada.
A artista argentina fez a alegria dos baixinhos e também provocou risos fáceis dos grandinhos. Até houve tentativa de puxar um ilariê.
Em pouco tempo, Maku ganhou a plateia, Com ajuda de uma “claquete” bem ativa, interagiu de boa com o público, uma noção espacial provavelmente adquirida através de anos e anos na labuta, ponto alto da sua exibição. Seus pedidos de “Tambor!” vão demorar para sair da minha memória.
O que Maku tem a dizer ela deixa para a parte final. Como a pegadinha de incitar as pessoas a rirem, dar gargalhadas falsas, se transforma em engraçado exercício. Satiriza o fanatismo na figura de uma religiosa que cura desde dor nos ossos até problemas de flatulência.

E, já nos agradecimentos, lembra que, de certo tanto na Argentina – agora, com Milei, vixe – no Brasil, e porrada de lugares, ser palhaça, palhaço, é ato de resistência.
Sério, ao agradecer a hospitalidade e a equipe que rala na Mostra Pantalhaços (Companhia Flor e Espinho, Circo do Mato), cita Campo Grande e não erra o nome do Estado: manda um Mato Grosso del Sur!
Poderia tentar passar mais coisas, mas, sei lá, a chance de soar sem graça é gigante. De repente, dá uma fuçada no YouTube e nas redes.
Sem contar as demais atividades e ações durante os cinco dias da Mostra. As imagens valerão sim mais do que trocentas palavras mal digitadas por aqui.
Que venha a edição nove, dez, onze…
Importante lembrar de como é difícil fazer as pessoas rirem. Valorizemos.
Ao mesmo tempo, ás vezes esquecemos de como gargalhar faz bem. Saúde.


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