Uma das melhores playlists de rock fez 30 anos. E é de um filme

 

É meio sem noção, eu sei. Mas, tem casos que acho as músicas melhor que o filme. Não que o longa seja ruim, longe disso, é que as canções ainda marcam muito. Caso da trilha sonora do O Corvo, de 1994. Bom filme que completa 30 anos e foi dirigido pelo egípcio Alex Proyas, que foi diretor dentre outras coisas do Eu, Robô, aquele mesmo, com o Will Smith, de 2010.
Eu tive o CD da trilha sonora do soturno The Crow. De tanto que escutei, ele riscou um pouco. Depois, foi furtado. Nessa época, streaming não havia. Nesse caso, como iria ter grana para comprar cada um dos discos das bandas que aparecem nesta produção conhecida por ter sido palco da morte de Brandon Lee, filho do ícone das artes marciais Bruce Lee?
Acho que você sabe a história, em todo caso... então com 28 anos, o promissor ator sofreu um disparo com munição de verdade durante as gravações. O longa foi finalizado com a utilização de seu dublê na época, Chad Stahelski.
Acabou de sair uma nova versão do filme, né?! Por ora, recuso a assistir continuações e remakes. Prefiro me deixar a lembrança de filme cult. Tá bom assim.
Go back to the sons. Na trilha sonora, tem umas bandas que só conheci por meio do filme. E, sei lá se fizeram algo bom depois. Caso de For Love Not Lisa, com Slip Slide Melting, que começa com uma guitarra da hora e o vocal de Mike Lewis.
“Lord, I would die for you - Senhor, eu morreria por ti 
Take this heart away - Leve este coração embora
Find some space in the sunshine - Encontre algum espaço ao sol
Lord, I would try for you - Senhor, eu tentaria por você
Take this part away - Leve esta parte embora
Fade it away - Desvanecê-lo
Give me something to believe in - Dê-me algo em que acreditar”
Outra galera que só escutei nesta trilha foi o pessoal do My Life With The Thrill Kill Kult. Ao que parecem seguem na ativa. Em O Corvo, mandam um After The Flesh, som que remete ao rock, industrial do Ministry.
“I am the new way to go - Eu sou o novo caminho a seguir
I am the way of the future - Eu sou o caminho do futuro
There's a lot innocent people being crucified - Tem muita gente inocente sendo crucificada”
Daí vem o pessoal “mais conhecido” como o Violent Femmes, que já escrevi 
sobre ao menos uma vez. Por aí dá para saber que Color me Once é das preferidas.
“Color me once, color me twice - Colora-me uma vez, colore-me duas vezes
Everything gonna turn out nice - Tudo vai ficar bom
Everlasting arms you gotta - Braços eternos que você tem
Keep me from these false alarms - Mantenha-me longe desses alarmes falsos”

Daí para frente, lembra?, tem gente de peso. A primeira música é Burn, do The Cure. Tem  Henry Rollins com sua Rollins Band – ainda vou falar mais do som deles uma hora – que manda ver com Ghostrider.
Rock porradão segue com Helmet e seu baixo nervoso em Milktoast. A barulheira dos caras do Capacete são bons, assim como Phil Anselmo, no Pantera, ao som de The Badge. Bateção de cabeça garantida. Isso porque antes rola Darkness, do The Rage Against The Machine. Muita gente foda, né.
Imagens: Reprodução
A trilha toda tem 14 faixas, e, tem mais duas que merecem menção especial. Uma é o cover do Nine Inch Nails para Dead Souls, do Joy Division. A roupagem que Trent Reznor e companhia dão ao som da icônica banda britânica ficou bem legal. Óbvio, não tentou imitar o vozeirão inimitável de Ian Curtis. Foi ao estilo NIN, e acertou na escolha.
“Someone take these dreams away - Alguém leve embora esses sonhos
that point me to another day - Que me apontam para um outro dia
A duel of personalities - Um duelo de personalidades
That stretch all true reality - Que expandem toda a verdadeira realidade
They keep calling me - Eles continuam me chamando”
Pra fechar, a faixa preferida dessa bagaça toda (ao lado do For Love Nor Lisa). A única atração das quais pitaquei por aqui que vem de fora dos States.
Lá da Escócia, The Jesus and Mary Chain e sua indefectível distorção guitarrística via William Reid com Snakedriver. Aliada a voz do irmão Jim Reid, a música vai indo, indo, até que acaba fondo com barulheira estilo Sonic Youth ou coisa parecida. Ah, escuta e tire suas conclusões.
“If I wake up dead, I'll wake up just like any other day - Se eu acordar morto, vou acordar como qualquer outro dia
And the photographs of god I bought have almost faded away - E as fotografias de Deus que comprei quase desapareceram
Everything just passes by - Tudo passa
I thought it always would - Achei que sempre seria
But then I kissed her - Mas depois eu a beijei”
É isso. Sobretudo para quem curte um rock do bom, reescutar as músicas de O Corvo (de 1994) é relembrar de cenas do filme. Ou, só curtir, de boa. Puta trilha.

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