Machos Alfa volta e arrisca ir além de zoar do machismo

 

Os amigos Pedro, Luis, Raul e Santi estão de volta. A segunda temporada segue a proporcionar boas risadas. Talvez, ainda mais leve do que a primeira. Ou, não?
Machos Alfa – que é de 2022 - foi uma das séries que mais curti no ano passado. Escrevi sobre, ainda no Drugstore Kishô. Se quiser, deixarei o link lá embaixo.
A produção espanhola da Netflix criada por Alberto Caballero, Laura Caballero, Daniel Deorador, Araceli Álvarez de Sotomayor tem dez episódios, cada um com mais ou menos meia hora.
Nesta temporada, Machos Alfa tenta abordar com humor temas como maternidade, educação infantil, relações de poder, entre outras coisas.
A sátira com o machismo continua. Depois do curso ministrado por Patrick (Santi Milán), mote da primeira temporada, os quatro fazem questão de alardear que agora são machos “desconstruídos”. Brincadeiras à parte, ou nem tanto, sou da galera para quem a desconstrução é diária. Não creio em deixar de ser 100% machista. Mas, tentar é tarefa diária. Sempre assunto para uma boa conversa, né.
Não se pode dizer que os quatro não tentam. Ou, pode? Nos episódios desta atual temporada, os criadores resolveram ampliar as dedadas nas feridas, e as mulheres ganham em protagonismo. Para o bem ou para o mal.
Um dos destaques é Angela (Cayetana Guillén Cuervo), chefe de Pedro, que é contratado para produzir uma série chamada...Machos Alfa.
Aliás, relações de trabalho, clima no trabalho, e o medo do desemprego – sobretudo de quem passou dos quarenta – proporcionam passagens hilárias.
Esther (Raquel Guerrero) tem aumentado seu espaço na trama merecidamente. Ao lado de Luis (Fele Martinez), é responsável pelas cenas mais gente como a gente. Para quem é mãe ou pai, então... Garantem o riso nosso de cada episódio.
Imagens: reprodução

De modo geral, da empregada ao mais rico (e pão duro), o elenco manda muito bem. Dá para escolher as e/ou os personagens preferidos. Mais adequado seria elencar as situações prediletas?
Poder (estrago) das redes sociais, homossexualismo, e. até aonde vai a “modernidade” nas relações também entram no pacote. Tratar destes temas, mesmo em uma série claramente comédia, requer sempre dose de coragem. O risco de desagradar gregos e troianos, ou aqui no caso, gêneros diversos, é ponto a ser considerado.
Um dos méritos da série ter dado certo – ao menos a primeira temporada – foi zoar com o machismo de forma engraçada e inteligente. Dar prosseguimento com a mesma qualidade é longe de ser tarefa fácil. Quero acreditar que fazer graça da cara da sociedade, com liberdade criativa, sem preocupar com “o que eles e elas vão achar” tenha norteado o desenvolvimento.
Aproveitaram para emplacar locações turísticas da Espanha (Ibiza), sem deixar de explicitar o modo emergente e/ou deslumbrado dos personagens. Lembra muito pessoal do Brasil varonil.
Dito isso, a reta final me passou a mensagem de que, no fundo, os casais da série, sejam homens, ou mulheres, são mais parecidos do que pensam. Meio clichê, né, tipo guerra dos sexos.
Ou, viajei e, como Santi (Gorka Otxoa) disse em resposta para a juíza: “deixa para lá, você não entendeu nada”.
Já deu. Melhor assistir e tirar suas conclusões. Depois me dê o seu veredito.

Ah, falei da primeira temporada neste link
“Homens riem com Machos Alfa. Mulheres são gargalhadas”

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