Música clássica em Campo Grande dá bom sinais. Eu acho...

Imagens: Blog do Kishô 

Sexta-feira, dia 2, Teatro Glauce Rocha, começo da noite. Festival Internacional de Violão. Clássico. Olha, eu estava cansado. Novidade… Porém, adquirir entradas – neste caso, de grátis, bom lembrar – são escapes anti auto sabotagem nível “vou é quedar em casa que ganho mais”.

Foi o primeiro rolê a bordo de música clássica do ano. Que bom que fomos. Sei, é clichê, mas como faz bem aos ouvidos. Aos sentidos.

Conhecer o trabalho da Orquestra Sesc Lageado, que abriu os trabalhos perante um teatro cheio, já valeria a pena. Depois, sob regência de Rodrigo Faleiros, a Sinfônica de Campo Grande foi o fio condutor que trouxe ao palco da UFMS, em Campo Grande, violeiros de mão cheia. Solistas.

Tudo bem, sigo leigo, impressões nada empíricas. Só que tem uma coisa. No retorno pra casa, eu e a filha começamos a comparar com outras exibições que outrora marcamos presença na fileiras de cadeiras do mesmo Glauce Rocha. “Ah, mas da outra vez tal coisa tava melhor”, “o Marcos Assunção também foi bem daquela vez”, “dessa vez teve percussão, que legal, lembra do Marco Lobo?”. E, começamos a rir da nossa ousadia em querer opinar sobre instrumentistas, qualidade do som, e obras de Vivaldi, Beethoven, apresentadas no Festival.

Certamente não somos exceções no exercício de opinar descompromissadamente. Tem um lado bacana, pois acontece devido ao fato de termos tido acesso a outros concertos e apresentações. Ou seja, cria-se ambiente para que este tipo de arte se torne mais familiar ao público em geral e pode ser um sinal de consolidação de espaço neste área tão diversificada.

No caso da sexta-feira passada, poxa, não é todo dia que rola a chance de ver por aqui uma pessoa que já ganhou um Grammy. Caso de Daniel Wolff, primeiro Doutor em Violão do Brasil.

Teve também. o violonista Marcos Puña. Que mandou uma suíte inédita, até então só performada fora da Bolívia, sua terra natal. A parceria violão e orquestra dá bom, né.

Olha, poderia encher mais linhas tecendo loas e tal, como um sujeito meio deslumbrado que acha

muito bonito essas coisas. Ainda por cima, gosto desses programas pois serve de garimpo para encontrar músicas/trabalhos que dificilmente os algoritmos ou minha bolha mostrariam. Como Berimbau, de Baden Powell. Ou a obra do amazonense Thiago de Mello.

Essa noite de sexta-feira foi só uma parte do Festival Internacional de Violão. A programação teve cinco dias e, além dos concertos, rolou masterclass, palestras - com gente de outros estados e do exterior – e o concurso. Espero que tenham alcançadas as expectativas.

Não sei, ao mesmo tempo que me traz um otimismo em um crescimento, bate a apreensão de ser mais um movimento solitário que ficará apenas nos registros das boas intenções e iniciativas no cenário campo-grandense e sul-mato-grossense.

Por isso, o esforço em pleno fim de domingão, com a cabeça e corpo já pendendo para a labuta que se inicia na segunda, em deixar pregada aqui a lembrança do Festival. Aos que nem quiseram dar uma passadinha, perderam.

Se puder apoiar este que escreve, agradeço. Qualquer coisa entre em contato.

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Não parece, mas rola um esforço escrever por aqui. Mas, de boa, tá fácil para ninguém, né.

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