Importa com crianças? Um Crime Entre Nós reforça seu sentir, e, cuidar

Papo sério. Seríssimo. E só senti agora. Quase cinco anos depois. Um Crime Entre Nós talvez não te diga nada novo. O que é triste. Pelo motivo que você sabe. Se já viu. Ou fingiu que nada viu, ou e viu impotente, ou vivenciou. Se pensa que é “normal”, desculpe, você é doente. Pra dizer o mínimo….
O documentário é dirigido por Adriana Yañez e realizado pelo Instituto Liberta e pelo Instituto Alana (este último conheço faz um par de anos e o trabalho é bacana),e produzido pela Maria Farinha Filmes.
Em uns cinquenta e poucos minutos,traz para a conversa com muita propriedade a violência sexual infantil. Meu, tem umas partes que embarguei. A dos depoimentos, principalmente.
Adriana Yañez e equipe utilizam muito bem o recurso de contar as histórias em forma de animação. Me agradam trabalhos sem sonoras, ou perguntas (confesso, tem muito de pessoal nisso), somente respostas, dados, uma boa edição.
A escolha das imagens, das paisagens, da moçada a brincar, casou bem. Na medida do possível, um respiro para as porradas nível A Vida como Ela É, que permeiam todo o trabalho serviço de utilidade pública. E, familiar também. Neste caso, o título da produção grita o alerta. Pai, mãe, tio, tia…, cada um, cada uma… Ficar em casa não é opção. Até quando?
Entrevista gente bacana como Amanda Ferreira, Adriana Araújo, Luciana Temer – creio, nada a ver com o outro de sobrenome igual - , Joyce Coelho Viana, Consuelena Lopes Leitão, Gail Dines, Fernanda Teixeira Domingos, Yuri Castiglione, Karina Lira, Elânia Lima e Cristiane de Albuquerque.
Optei por citar essas pessoas, em vez dos nomes mais conhecidos que estão no vídeo porque, na real, estão pra valer na linha de frente.
A produção mescla informações com o que acontece na vida real, sobretudo das “de menor”. E de como aos olhos da sociedade, esta está cega. Preso ás mesmas imagens, estereótipos, deixa para lá, é assim mesmo, e, gente, esquecem que há uma pessoinha lá. Que ao fim das contas só quer brincar. E, não botar a boca no pinto de um bosta, com a “tia” ou (ir)responsável a acompanhar. Mas, o tio ou os amigos deles vão me levar para conhecer a Disney.
É dessas meninas e meninos que a maioria invisibiliza. Como Um Crime Entre Nós pontua, a errada não é a vítima. “Ah, mas também tem culpa. Se não quiser, não faz”. Sério, isso? No século 21, anos 2020, as mesmas ponderações bizarras que escutava nos anos 80. As crianças machucadas escutam desde sempre…
O longa também aponta caminhos para ver se melhora essa bagaça. Escola é fundamental, é lugar de estudante conhecer seu corpo, sim. De ter acesso ao conhecimento de qualidade. Para se defender, tentar que seja.
Kit gay, tão ensinando pornografia na escola, sei lá o quê de gênero. Ah, gente de bem, vai se tratar. Se pá, canalize sua perversão reprimida de alguma forma que não prejudique quem tem nada a ver. Presta mais atenção no que sua criança amada faz, assiste, navega. O mundo virtual tá cheio de coisas ruins, né não, novinha?
Perdão, desabafei demais, né. Certas coisas me tiram do sério. Me fazem me sentir pequeno. Bosta, isso.
Um Crime Entre Nós, sei lá se é uma dica. Porém, se você preocupa com gente inocente, vai reafirmar suas convicções. E isso é bom, é ser humano. Quem sabe, ainda acreditar.
Se já conhecia, diga aí suas impressões.
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Ah, quiser assistir Um Crime Entre Nós, clica aí.

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