Som da Sophie Thatcher é daquelas que não tem nada. De, mais

Então, na real tava a juntar ré com cré para escrever sobre A Place To Bury Strangers. Nada a ver os estilos, eu sei.
Porém, mudei de ideia, porque ás vezes assim as coisas são, e tropecei em Sophie Thatcher

Sim, a estadunidense nascida em Chicago é uma das minhas personagens preferidas de Jaquetas Amarelas.

Daí, meio em uma hora limbo, resolvi saber um pouquinho a mais e descobri que, além de atriz, Sophie também canta.

Olha só, talvez tenha nada de mais. Você pode ouvir e considerar que é outras daquelas vozes femininas que entoam a voz como se tivesse falando baixinho em seu ouvido. Eu gosto.

Vou me ater apenas à parte musical. Não conheço muito as atuações nas telas e a série ainda nem terminei a primeira temporada.

Dito isso, a dica bem de boinha (eu acho) é o EP Pivot & Scrape, que saiu ano passado. Tentei descolar qual seria o tipo de música de Sophie, mas creio ter buscado errado.
Só rola “musa do terror”, “cover tipo Mazzy Star” (aliás, curto esse som, hein), e referências a Knockin’On Heavens Door. Canção de Bob Dylan, regravada por meio mundo – escutei pela primeira vez com o Guns N’Roses e, adoro Zé Ramalho, mas bate bate na porta do céu é complicada.

Dito isso parte II, minha leiga impressão é a de lembrar uma bagaça mais intimista. Sei lá, desde Hope Sandoval a Beth Gibbons, passo por Elizabeth Fraser até um pouco de Erika Wennerstrom. Creio que você conhece, se não, vá pesquisar um pouco e, assim, saia e/ou injete coisa nova em seus algoritmos.

O EP que serve de muleta para falar poquito da Natalie tem menos de 18 minutos distribuídos em cinco faixas. Na real, achei a primeira, My Friend, maomeno. Já Rattle Trap vem na sequência e foi o que me fez parar e prestar mais atenção.

Até porque depois vem, a que me bateu mais. Go On é a mais comprida. Bem legal, lance meio sintetizador, sintético, Massive Attack com sei lá coisas que citei algumas linhas acima. Instrumental vai muito bem, melancolicamente certinha em seus efeitos sonoros.

Um trecho da letra

Minds are shifting now we're done - As mentes mudam agora que acabamos

I'll have my loss but never more - Eu vou ter minha perda, mas nunca mais

There is no simple way to stay – Não há um jeito simples de ficar

I'll turn away, but not with hate - Eu vou me afastar, mas não com ódio

Pela ordem, Black and Blue é a última música, em outra vibe, mas nem tanto. Interessante é reparar que Sophie tem recursos na voz que, de início, você pode não botar uma fé. Opinião totalmente desimparcial a minha.

É isso. Espero que goste. Caso contrário, foi mal. Na real, necessitava mais escrever do que tudo. Para variar, tempos ossos…

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