Parto Pavilhão, quem não foi perdeu de ver Aysha Nascimento
Quem não quis ir, perdeu. O espetáculo solo Parto Pavilhão é daquelas coisas que você sai do teatro, no caso o Sesc Horto, em Campão, e pensa: eu pagaria fácil para assistir. A exibição desta sexta-feira foi de com entrada gratuita, parte da Mostra Palco Giratório MS.
Valeu muito sair a milhão do trampo – meio que em cima da hora – e ficar na fila de espera, os ingressos antecipados estavam esgotados.
Com direção de Naruna Costa e texto de Jhonny Salaberg, a produção paulista tem em seu alicerce, Aysha Nascimento. A paulistana, atriz, diretora faz atuação gigantesca. Cada instante dos sessenta minutos tem a razão de estar ali, no palco. Sem firulas, ela vive Rose, que narra a fita toda.
“...a peça reconta a fuga de nove detentas com bebês de colo no CPP Feminino do Butantã, em 2009. Trata-se de um solo cuja montagem encerra a “Trilogia da Fuga” – que anteriormente levou aos palcos “Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã” (2018) e “Mato Cheio” (2019)...” (trecho retirado do site SP Escola de Teatro.
A personagem intercala as ideias libertárias junto às demais detentas – e mães – enquanto relembra os descaminhos da sua vida.
A direção musical bem como a iluminação ajudam a prender a plateia. Ter a musicista Reblack no palco confere um tom de certa forma nostálgico e, ao mesmo tempo, a sensação de coisa real. Realidade aliás que Aysha imprime de forma crescente no teatro. Confesso, de início, fiquei meio desconfiado, de, sei lá, vir coisas clichês e monólogo que soasse superestimado. Isso é o bom e o ruim de assistir a algo sem querer saber do que se trata antes.
Porém, em pouco tempo, ela te convence do contrário. Se não pelo amor, vai pelo terror. Mazelas, injustiças, desenganos das quais atravessam a vida de Rose. Em atuação estilo “como se não houvesse o amanhã” ficar indiferente está fora de cogitação.
Versátil, Aysha também arranca risos (em poucas ocasiões, claro), se envereda bem pelo suspense, e, chover no molhado, emite total segurança em sua performance, coreografias e tal.
Cara, é muito bom, mesmo. Se você não assistiu, caso tenha chance (não sei se já tem nos YouTubes/internet da vida), vá ver.
Talvez eu tenha exagerado. Mas, vai que não…
É isso. Falar mais pra quê, né.
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