Só agora, vale mesmo dar uma escutada em Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo
*consegui errar no título, pensa. Editado às 9h51
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A dica de som da vez de repente é super batida. Uma vez, de passagem, achei interessante o nome Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo. Parei mesmo para escutar a banda paulista formada em 2019 depois do rolo com a prefeitura paulistana com o show que tem Sophia Chablau nos vocais, Theo Ceccato na bateria, Vicente Tassara na guitarra e Téo no baixo.
Em julho, no evento Semana do Rock, a municipalidade não gostou das manifestações do quarteto e interrompeu a apresentação. Daí aproveitei para literalmente escutar o trampo do quarteto no Spotify.
Tou bem específico porque, sério, até o momento não assisti nada de Sophie e companhia. Tipo, clipe, show e tal.
Peguei pra escutar semana passada. Tampouco tinha noção da moral que eles já conseguiram e do espaço que já conquistaram ao longo destes seis anos. Massa.
“Minha mãe é perfeita
Meu irmão é perfeito
Minha mãe é perfeita
Meu irmão é perfeito
Só eu e meu pai
Só eu e meu pai que temos de”
Então, resolvei meio que ater no último álbum, de 2023, intitulado Música do Esquecimento. Das 14 músicas, dei meu visto em oito. Você pode se decepcionar caso esteja esperando letras explicitamente ativistas, ou políticas e tal. Fora isso, o lance de terem um pé em faculdade trazem aquele ar universitário. Bem mais para, tipo REM, lado bom dos EUA, do que a pecha muito ( mas muito mesmo) duvidosa do lado de cá que serve de complemento: tipo pagode universitário, forró universitário, sertanejo universitário.
Conheço uns “roqueiros de verdade” que, certamente vão torcer o nariz. “Banda chupeta”. Falaram isso do Dead Fish…vai vendo.
Pra não perder a amizade, melhor nem apresentar o som de boa que consegue enfiar até Marilena Chauí na canção As coisas que te ensinam na faculdade de filosofia. Tudo bem, essa faixa realmente tem mais cara de Nara Leão, Bossa Nova, com um quê de Mutantes.
Calma, foram só alusões, não comparações. Nem vou tentar dizer se a banda é rock, indie, pop, psicodélico, mais do mesmo, letras deprê com alguns momentos ensolarados.
É dela e deles as linhas abaixo (copiei o começo)
“Sophia Chablau e Uma Enorme Perda De Tempo é uma banda de rock brasileira formada por Sophia Chablau, Téo Serson, Theo Cecato e Vicente Tassara.
Seja nos shows caóticos, nos discos amalucados ou nas interações espontâneas com fãs, vivem a explorar as possíveis intersecções entre o som barulhento do rock experimental e a delicadeza poética da canção brasileira - usando o poder que a música tem de juntar pessoas para fomentar interações improváveis e fortalecer rolês independentes...”
A faixa que dá nome ao álbum, e Segredo dão a letra de que a preocupação de se prender a um estilo está longe de ser uma Neurose.
Música do Esquecimento tem certa melancolia que exprime em parte as influências da banda e faz o trampo ser bem recebido por parte da crítica a ponto de ganhar indicações a prêmio.
Segredo chegou a concorrer a Rock do Ano, pela Multishow. Posso estar falando sem noção (tudo bem, “normal”), mas esse som meio que é um suco de tudo que é ingrediente do grupo. Digo, sobretudo no caso das letras. Citar uma parada astronômica que em latim que significa “noites iguais” - aliás vai ter neste mês de setembro – e sexo no mesmo balaio é de um requinte literário – sem querer ser arrogante - que norteia também o trabalho da banda. Saca só:
“Olha no meio da minha cara
Não vê que não há nada a esconder
Me engole, me fode que eu sou sua
Me engana, diz que eu presto
Ou que você
Quer saber dos equinócios
Quer ouvir os violinos líquidos”
Acho que tá bom. Sei lá, como disse antes, tenho de ver mais da banda. Nos trampos anteriores têm coisas boas também. Porém, de ouvido acho bacaninha. Bom escutar coisas “novas”. Espero que goste.
Ah, confesso que evitei ao máximo o instinto trocadilhos. Ficaria meio ridículo, né. Eu acho.
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