Orquestra Indígena faz música à altura da aldeia global
Cá estava em mais uma segundona em que vi e ouvi a música clássica com uma cara mais a ver com a de Mato Sul, de Brasil. Era noite no Teatro Glauce Rocha e, inserida na edição 2025 do Festival Mais Cultura da UFMS, a Orquestra Indígena.
Único grupo indígena a tocar música de concerto no Brasil atualmente, a Orquestra surgiu em 2016. Demorou um pouco para eu assistir, percebe-se. Acompanhado por Eduardo Martinelli, o grupo engata uma exibição na qual mostra o porquê deste ano ter cruzado as fronteiras e ir parado na Europa. Acabaram de desembarcar de uma série de espetáculos na Espanha e em Portugal.
Antes de começar, Martinelli fala entre outras coisas, que há uma delicadeza no tocar que diferencia a performance indígena no escutar da música clássica. Vai ver, impressão minha, tem a ver com a ancestralidade. Antes do Brasil da coroa, já existia o Brasil do cocar, né mesmo?!
No repertório desta noite da abertura do festival da Universidade Federal, uma diversidade bem interessante. Além dos musicistas, há vozes que acompanham grande parte da exibição e a combinação dá bom.
Vai desde Quiquiô, passando por traços nordestinos, até a música “queridona” para se fazer versões – Berimbau, de Baden Powell realmente é muito boa – passando pela quase obrigatória Mercedita.
Em nove anos, é notável os frutos que a Orquestra já colhe. Se a música gera conexão, gosto da presença dos povos originários - neste caso, é fruto de projeto desenvolvido na Aldeia Urbana Darcy Ribeiro, em Campo Grande – em estilos como música clássica e o rap. A luta não é fácil, e por isso mesmo, admiro. Não é para ser “exótico”, e sim galgar lugares pela competência. Antes, é preciso dar oportunidades. Quando isto acontece, dá gosto de escutar.
Que lufada legal para abrir a semana. Merecia plateia maior...
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