Renan, Inquérito ao Vivo Corpo e Alma é das melhores coisas do rap BR deste ano
Corpo e Alma. É o ao vivo de Renan Inquérito. Rap, hip-hop do bom. O show gravado dia 8 de maio em Sampa, terra desse rapper paulista, poeta e professor. Escrevi coisa dele ano passado e seu Abrakbça .
De lá para cá, passei a acompanhar. Corpo e Alma ao Vivo saiu agora nas plataformas. Pra quem curte rap é dica certa. Ficou bem bom. Em pouco mais de uma hora, a bordo de DJ Duh, Pop Black, Vih Mendes, Yandara e cia, a Inquérito revisita a obra muito bem acompanhado. Participações de Emicida, Ellen Oléria, Thaíde, GOG, Fernando Anitelli (O Teatro Mágico) , e Sérgio Vaz. Como o Mestre de Cerimônia cita várias vezes no palco do CCSP, “cê é loco!”.
Baguio começa com Conexão Ancestral de introdução. O hip-hop é a internet a carvão, declara. Eu Só Peço a Deus dá o indício que o refino das participações das vozes femininas vai permear a exibição. Carrossel movido a Fernando Anitelli, vai na boa.
Vou ficar sem elencar todas as faixas. Muito melhor é escutar. Ellen Oléria detona, né. Fiquei de pescoçar mais sobre. Tristeza é um dos sons preferidos. Neste ao vivo, a canção tornou-se ainda mais marcante.
Foi mal aí, a profusão de advérbios, adjetivos. Sei lá, rap de qualidade bate forte e transcende qualquer bolha. Marginal. E a participação de Renato Freitas e Sérgio Vaz em Sonhos. Vixe…De arrepiar.
“Sonhar é despertar-se pra dentro
Então continuemos sonhando
Para nos mantermos acordados
Com os pés no chão fincados no presente
De corpo e alma”
Curte aquelas paradas motivacionais? Isso aqui é outro patamar. Eu acho. Nessa linha, escute as palavras de Sérgio Vaz. Nem vou escrever aqui porque é muita coisa. Ele é muito muito.
De verdade, quando comecei a escutar o álbum, não sabia das participações especiais. Moral, hein, Renan Inquérito?! Massa.
Escuto GOG há bem mais tempo, época do CD, do É o Terror, de Brasília Periferia, quando rolava coletâneas e tal. Então, imagina quando o tiozinho do Distrito Federal dar o ar da graça e manda Meu Super Herói.
Próximo ao desfecho, Leandro Roque de Oliveira é o alvo da gratidão do MC da vez antes de ser anunciado. Emicida chega de Corpo e Alma e relembra quando se conheceram no metrô. “Mano, brigado por me ensinar o valor dessa cultura. Antes de conhecer você, viado, eu era só um fã. Depois de conhecer você, virei devoto”. Pouca moral né.
Trampo de rap que se preze encerra com os agradecimentos. Talvez não tenha ou tinha noção da bandeira de Renan para o estilo, o movimento.
Nos finalmente, na humilde, ele tenta lembrar geral. Desde os funcionários do Centro Cultural de São Paulo, passa pelo pessoal da produção, iluminação, som,. Assessoria, camarim, que cuidou das “comidinhas”, os músicos. Que legal.
Hip-hop vive, moçada.
Dessas coisas que dez de dez eu queria ter ido. Como já era, fica o registro. A dica.
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Brigadão
Abraço
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