Voltar ao Parque das Nações Indígenas com Vanessa da Mata de presente foi show
Fazia tempo que não ia a algum movimento no Parque das Nações Indígenas. Desde outubro, quando caí com o filhão lá na Batalha de Rap, na Concha Acústica Helena Meirelles. Quiser relembrar o pitaco daquela vez rima aqui.
Dos shows maiores a seca era maior ainda. Novembro de 2023, com o Criolo. Tiver vontade de ler minhas impressões daquela hora clica aqui.
Desse 17 de agosto não ia passar. Longe de ser um que acompanha seus passos de perto, mas o ânimo em ver Vanessa da Mata veio desde quando foi anunciado. Adivinha? A filhota logo mandou um, “eu também vou!”. Bora lá.
Dessas coincidências, calhou de ser no mês de aniversário deste que escreve. Pois, o show da cantora/compositora mato-grossense meio que foi presente dela (da filha, que me deixou em modo open bar) e fechamento das poucas mas muito massa comemorações de 4.8 invernos. Ia dizer que nem mereço tudo isso mas periga vir um dããã. Então, vamos ao domingão no Parque.
Posso levar umas vaias ao dizer que me surpreendi com o show. Logo de início, gostei quando vi no palco duas backing vocals. Já sobe no conceito. Tava receoso que, sei lá, viesse só com o basicão pra uma apresentação mínima. Que bom que veio com banda e tudo.
Com uma galera fiel na plateia, e mais um bocado espalhado pelas dependências do espaço sempre visualmente bonito, a artista testou a sua versatilidade. Não serei eu a avaliar sua atuação na palhinha a la Maria Callas. Está longe da minha envergadura cognitiva. Geral aplaudiu, curtiu, é que vale.
Vanessa interpretou sertanejo em forma de rock (em versão de Milionário e José Rico, se não me engano), e homenageou grandes nomes da música nacional. Foi de Gal Costa e Tim Maia, dona Ivone Lara, Djavan, e até Odair José – essa foi diferente e legal.
Ciente do espaço que ocupa, fez questão de citar antes de cada música os nomes de quem a compôs. Momento meio nada a ver: lembrei de que Evidências é de autoria de José Augusto e Paulo Sergio Valle.
Retorno ao show de Campão, pessoal fez mais barulho mesmo com as composições próprias. Deve ser legal pra caramba isso. Ou, não?!
Braços levantados, córregos de celulares para Amado, com direito à capela e tal. Ritual repetido como em Não Me Deixe Só, e, muita gente aproveita para poder gritar mais alto “sou perigosa, sou macumbeira!”. Nada de esconder ou trocar letra da música, ufa, aquele axé para quem é de axé e tá tudo bem. Desnecessário azedar Leite, né?!
Com mais de vinte anos de carreira, Vanessa controla o show e o público com competência. Seu repertório foi misto de karaokê ao vivo com playlist de aplicativo – deixar claro que isto é apenas observação sem crítica negativa – e ela concatena bem uma música com a outra. Deste modo, a exibição de mais ou menos hora e meia flui de boa.
Vanessa lançou recentemente Todas Elas, e cantou algumas faixas. Maria Sem Vergonha foi uma delas e finca posição contra o machismo e essa coisa toda. Ainda vou escutar o álbum inteiro.
Boa sorte. Uma das minhas preferidas (e daí?!), e a certeza de que o ao vivo sempre é melhor quando a atração realmente dá conta. Vanessa e equipe dão. Depois dessa eu já podia ir embora, brinquei.
Ai, ai, ai… não
podia faltar o hit. Tá bem, confesso que é tipo, Stairway To
Heaven, Tédio, É Preciso Saber Vver, etc. Sabe que foi divertido?
Fechou o show em grande estilo, e eu que me vire com minha chatice de
teoricamente ter enjoado de tomar um banho de chuva.
Às vezes,
é bom ver quebrados os próprios pré-conceitos. Olhar a multidão
curtindo o momento faz refletir que levar a vida tão a sério, isso
sim é uma chatice.
Ver gente, muita, eu gosto. Me faz bem. Vanessa da Mata foi um programa bacana em forma de presente de aniversário da minha filhota para este ser errante.
Deu, né.
Entre em contato comigo. Pode ser para trocar ideias ou apoiar de alguma forma.
Brigadão
Abraço
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