Round 6 fecha com ingredientes certos para agradar geral. E, não somos cavalos
Depois da terceira temporada com cara de final da segunda, Round 6, ou Jogo do Lula - traduçao de Squid Game - como convencionamos a chamar lá na goma, a esperança é a de que já deu, né. Foi bom, e, deixa assim, sem mais sequências.
Atenção, pode ter, sem querer querendo, alguns spoilers.
Tudo que escrever por aqui certamente você leu ou ouviu por aí. Erradamente, deixarei minhas groselhas registradas pelo direito deste espaço ser um… blog.
A série sul-coreana da Netflix, creio, nem precisa de sinopse e tal. Os seis derradeiros episódios saíram há poucas semanas e foi uma das bagaças mais vistas no streaming mundo afora. Squid Games (título em inglês) tem como enredo principal o Seong Gi-hun, cara que vive no perrengue, divorciado, e que curte jogos de tudo quanto é jeito. Inclusive corrida de cavalos.
Por outro lado, ama a filha e faz de tudo para ficar com ela. Daí, com uma porrada de dívidas, topa encarar essa gincana mortal, junto com mais 455 pessoas. Quem sobrevive ganha muita, mas muita grana mesmo.
Pronto, pulo para a segunda e terceira temporada, as recentes. Dirigida por Hwang Dong-hyuk, a primeira foi exibida no segundo semestre de 2021, e, desde então, geral esperou pelas continuações que nem criança.
A série é uma mistura de drama, aventura, drama, drama, violência física e um tantinho psicológico, e momentos pouquíssimos para rir. Entre eles, as cenas do parceiro do policial Hwang Jun-ho (interpretado por Wi Ha-joon). Momento aleatório: o rosto do parça me lembra o Chadão, saca?, do desenho animado Clarêncio.
Ah, além da meio que sátira protagonizada por Thanos - encarnado pelo ator e cantor de K-pop, Choi Seung-hyun, conhecido (eu desconheço) como T.O.P - e seus trejeitos de rapper from USA, okay, brow?!
Na média, o elenco da primeira temporada me marcou mais. De repente tem a ver o lance de que era novidade. Longe de tirar o mérito do elenco atual. Sobretudo mulheres, como a grávida, a norte-coreana que acaba por virar da segurança do “evento”, da mãe que tem o filho também nos jogos, e a trans boa de briga.
Aliás, um dos pontos altos da série é esse. Dilemas, decisões tensas elevadas ao quadrado para tomar. Modo Escolha de Sofia. Dá para “escolher” qual morte será a mais sentida por você.
Quem não sente são os VIPs, os gringos e gringas convidadas para assistirem a carnificina de camarote. A atuação dessa galera é bem ruinzinha, diga-se de passagem. Menos mal que é por aí, atuações passageiras.
Conhecidas minhas apontaram e concordaram que faltou uns flashbacks das vidas das pessoas recrutadas para as brincadeiras mortais. O que teve na primeira temporada. Verdade, isso aumenta a empatia.
Os jogos anteriores também eram mais interessantes, desafiadores. Típico problema ou desafio das continuações.
Os arranjos musicais que acompanham os episódios mantêm o ar infanto-sinistro. Fica a cargo de Jung Jae-il, o sul-coreano participou também de Parasita (baita filme), e Mickey 17, entre outras produções.
Os episódios finais afundam o pé no lado família e tal. Culpa.
Seong reafirma seu compromisso do que é ser um pai em antagonismo com outro jovem jogador, que tava muito a fim não ter de criar bebê.
Nem precisa falar das mães envolvidas. Resiliência ao extremo.
A série permeia também a seara do fanatismo religioso, da dependência química, e escancara o momento a Lei do Mais Forte.
Round 6 faz uma e outra alusão ao cinema hollywoodiano e a cultura pop estadunidense. Porém, o que difere é a falta de compaixão real. Sem florear ou desejar se esforçar em desfechos felizes.
Dá pra encarar Round 6 como um bom entretenimento. Melhor largar a mão de pender pro lado social, antissistema, e tal. Mas, se quiser, também vale.
Pensando bem, não defendo spin-off – dizem que agora a brincadeira será na terra do Trump – mas se tiver, dificíl ficar sem dar uma espiada. É do jogo.
Até porque não somos cavalos. “Somos humanos”.
É isso.
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