Comédia Magic Farm é meio sem noção, mas nem tanto. Fica a dica


Se gosta de comédia meio sem noção, e que diz coisas interessantes em suas entrelinhas, Magic Farm é pedida interessante. O longa de hora e meia é dirigido pela jovem argentina Amalia Ulman, 36 anos, e assisti na Mubi. Ela também participa como atriz neste longa.
Resumidamente, a história aborda uma equipe de televisão estadunidense que se “especializa” em reportagens com personagens e lugares exóticos – leia-se tudo que está fora dos EUA.
Geralmente, o quintal inspirador é a América do Sul. Desta vez, o destino é a Argentina, onde entrevistarão um famoso cantor, o Super Carlitos. Entretanto, erram de cidadezinha. Pra tentar contornar a situação, eles e elas literalmente criam um fato, um novo estilo musical. Para isso mobilizam os moradores a participarem e serem os personagens.
Magic Farm tem como destaque do elenco, Chloë Sevigny, que é Edna, a apresentadora e principal nome do programa. Ela capitaneia, mais ou menos, a equipe de filmagem formada por jovens com personalidades e diferentes graus de comprometimento com a seriedade dos “documentários”.
Contribuem para as situações pitorescas e hilárias por meio das diferenças culturais trazidas pela ignorância estereotipada Norte global.
Entre as atuações, vale citar Alex Wolff, que faz Jeff, mulherengo em meio à ‘crise existencial’, e Joe Apollonio, na pele de Justin, talvez o mais gente boa da galera e que desenrola uma relação verdadeira com os “nativos”.
Imagem - Divulgação
Nesta seara, o lado latino americano tem trio que manda bem. Guillermo Jacubowicz é o Recepcionista da pousada/hotel em que a equipe se hospeda, e seu personagem ganha espaço no decorrer do longa, merecidamente. Seus dotes artísticos são de girar a cadeira.
Assim como a uruguaia Camila del Campo, que é Manchi, jovem que adora postar coisas na internet e é filha de Popa, vivida por Valeria Lois, e que tem rompantes de ares franceses.
Acompanhado de outras pessoas escancaradas propositalmente na seara “a primeira impressão é que essa gente do interior é estranha e ingênua”, o trio faz da passagem da equipe norte-americana uma experiência além de filmar, editar e pronto. Diria sociológica, principalmente para eles.
Sutil, ou nem tanto, Amalia Ulman utiliza voos rasantes de um aviãozinho para polvilhar na cabeça dos envolvidos, quem sabe, o principal motivo da região e seus moradores serem nem tão saudáveis assim. E provocar emoções à flor da pele aos forasteiros que, mesmo por poucos dias, vão compartilhar desse respirar.
Divulgação
Com fotografia e trilha sonora legais, e direção de arte que te transporta até o meio rural que se assemelha ao do Brasil, a comédia talvez nem te faça rir muito. Porém, diz mais do que como nos veem de fora e, também muitos daqui, nem se importam com os moradores desses “fim de mundo”.
Momento aleatório: das coisas que gostei em Magic Farm é lembrar que Chloë Sevigny esteve no Kids (!). Daí comecei a ler algumas coisas sobre ela e o filme de 95 e quase perdi o foco. Chloë também está em Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry), de 99 e que valeu a indicação para Oscar de Atriz Coadjuvante.
E pensar que em Kids também esteve Rosario Dawson. O longa completa três décadas e vale texto só pra ele, né. Certamente já deve ter.
É isso.
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