Make hipnocracia again, again, again
Já que dá quase nada escrever por aqui – o que é bom e ruim – a dica é esse artigo em que tropecei via newsletter do André Forastieri .
É artigo de professor de filosofia, o Jianwei Xun, que cunha o termo Hipnocracia. Com base no discurso de Trump e nos atos nazistas de Elon Musk, o teacher de Hong Kong descasca muito bem o que tem por trás da eficiente oratória/atos do presidente estadunidense. Que de bobo não tem nada, acredite.
Sob o título A Hipnocracia ou o Império das Fantasias, ele faz um abrangente destrinchado da bagaça.
Eu li em espanhol, mas qualquer dispositivo de tradução vai dar bom caso precise.
“A noção de hipnocracia 1 –O Poder e a Dominação das Fantasias– é usado para descrever este sistema no qual o poder opera diretamente, ou seja, algoritmicamente, na consciência, criando estados alterados permanentes através da manipulação digital da atenção e da percepção.”
“Este não é um simples exercício de retórica, estamos testemunhando o estabelecimento de uma nova força de alquimia perceptiva.”
Estes trechos são apenas uma parte do iceberg abordado por Xun, que tem um livro sobre o presida reacionário by USA.
Em outra parte ele analisa Elon Musk. O professor didaticamente manda:
“O mais revelador é a resposta de Musk invocando "truques sujos", que faz uma reviravolta hipnocrática brilhante: a acusação de fascismo torna-se prova de perseguição, enquanto a ambiguidade do gesto original é retroativamente justificada como inocência.”
Uma das coisss mais instigantes do artigo foi a tentativa de situar o pessoal progressista. Pois, infelizmente, tá batendo cabeça e não só nos States.
“Este discurso de Trump representa a "hipnocracia" em sua forma mais completa: um sistema no qual o poder não opera mais por meio da força ou da persuasão racional, mas por meio da manipulação direta de estados coletivos de consciência. Trump não convence: ele induz. Não governa: encanta.”
Para o professor de filosofia, desmentir as bizarrices ou tentar ganhar no grito não adianta mais. Já era, o inimigo agora é outro. Nível.
“O Império está aqui. O poder não está mais no controle de corpos ou mentes, mas na capacidade de modular os estados de consciência de populações inteiras.”
Cara, o artigo traz muito mais coisas e, óbvio, bate muito com o que me aflige há um bom tempo só que não tenho essa desenvoltura intelectual do pessoal que se aprofunda nessas linguagens, semióticas e afins. Galera que vem de dentro das universidades tem de ser respeitada.
Você pode pensar que, no fundo, o cara da Hipnocracia só teceu uma roupagem nova para constatações existentes. Tudo bem.
Talvez fiquei empolgado. Em minha leiga defesa leiga, o fato de eu entender - meu nível intermediário de espanhol às vezes quebra um galho - o que ele quis passar significa que a maioria pode. Entende?, o artigo fala fácil.
Uma coisa eu arrisco: a parte que é contra o iminente obscurantismo precisa encontrar novas armas para (re)conquistar mentes e corações. Anos atrás, o casal Lucia Topolanski e José Mujica saiu pelas ruas uruguaias para escutar as pessoas, e o que as levaram a declinar à direita. Sei lá porque pensei nisso…vou deixar.
É isso, na real, a groselha foi mais pra ver se você se anima a dar uma espiada no que ele escreveu. Clica aí.
Depois diga aí suas considerações, vai ser legal.
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