Godzilla Minus One é sobre um monstro. Pode ser vários
Da série Só assisti Agora.
Esqueça que o chamariz é um monstrão se não curte filmes desse tipo. Godzilla Minus One trata-se de vários tipos de monstros. Generalizados como a guerra e suas mazelas, o medo do perigo atômico radioativado, mortes em massa. Repare, geral tá gastando em armamento como não se via, sei lá, desde a Guerra Fria.
Porém, o que mais me pegou nessa obra de duas horas realizada por Takashi Yamazaki são as metáforas alusivas aos medos individuais, de cada um.
Ambientado no Japão pós II Guerra Mundial, o protagonista carrega uma culpa desgraçada por não morrer pelo “Império”. Ainda é visto por algumas pessoas como covarde e responsável pela morte de muitos, incluindo pai e mãe.
O filme de 2023 venceu o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Sim, tá lá o quê de ação e aventura nessa espécie de homenagem ao monstro japonês mais famoso do cinema mundial.
Trilha sonora by Naoki Sato dá aquele clima apropriado para uma boa história. Imagina todo esse combo em uma sala de cinema... alas!
Entretanto, prossigo com o pífio raciocínio, Godzilla parece servir de pano de fundo para o diretor enveredar por um caminho mais de relações humanas.
O piloto de avião tromba com Noriko (Minami Hamabe), uma mulher que literalmente deixa um neném em seus braços enquanto foge de uns caras em plena rua de uma cidade destroçada pelos bombardeios.
Ela depois volta. E vira peça afetiva fundamental no caminho do traumatizado Koichi (Ryunosuke Kamiki). Nesse processo de auto reconhecimento, ele conta meio sem saber com três ou quatro caras que encampam a ideia de encarar o bichão e, por tabela, os monstros que o atormentam. Poderiam ser de qualquer um, acredito.
Falando assim parece que o longa é um dramão. Acho que não. Por outro lado, é muito acima do que se espera desses tipos de produção, diversas vezes banalizadas pelo exagero e certa infantilidade que ajudam em um pré-conceito que para Godzilla Minus One é injusto. Ao menos para mim.
É isso, fica a dica, tá na Netflix. Se viu, beleza. Se não, é uma.
Abraço, se cuida. Fui....
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