Série em podcast explicita porque Joy Division e New Order são o que são
Aviso: só assisti agora
Aviso 2: vale para quem gosta bastante de Joy Division e New Order
Aviso 3: Mas, se curte música boa e histórias idem, pode ser que caia no seu gosto.
Dito isto, o episódio que trata exclusivamente de Blue Monday já valeria o todo. Difícil alguém na face da Terra redonda jamais ter ouvido ao menos a batida inicial. Esse é o episódio 8, o último da primeira temporada – são duas – de Transmissions The Definitive Story Joy Division /New Order (Transmissions – A História Definitiva de Joy Division/New Order).
Nem sei como fui parar nesse podcast. Sim, é podcast, mas “assisti” no YouTube – tem em outras plataformas e tal. É que tive de encarar a tradução automática (e as incontáveis propagandas) para o português. Deste modo, foi meio que na raça/intuição/o que sabia das bandas, o entendimento das legendas. Bem isso, tem de gostar muito dos caras e da mina de Manchester. Ou, se virar em inglês, assim sendo, sorte sua.
Os oito episódios da primeira temporada saíram em dezembro de 2020. Variam de 30 a 40 minutos. E abre com a busca por um vocalista para o que se tornaria uma tal banda Joy Division. Quem já assistiu os filmes sobre Ian Curtis e tal, é naquela pegada mesmo. O diferencial do podcast é ter respostas de Bernard Sumner, Stephen Morris, Gillian Gilbert and Peter Hook. Os três que fizeram parte da icônica pós e punk band, ao lado do destruidor Ian. Gillian já tava meio por lá e somaria muito muito ao virar uma New Order.
Como as bandas tem música conhecida pacas, é muito sentimento escutar os trechos de faixas que intercalam os assuntos. Edição e gravação estão à altura dos personagens. Ah, se espera explicações das letras, pode ser que se decepcione.
Transmissions foca muito nos bastidores, no ambiente da Manchester/Inglaterra da época, um clima saco cheio e sem perspectiva que piorou com a mão de ferro de Margaret Thatcher.
O papel de produtores, agentes e estafe no geral também é vasculhado e dificilmente passa batido nas duas temporadas. Martin Hannet, Tony Wilson, e demais – de cabeça agora esqueci, tem mais figura aí – são citados em momentos de amor e ódio. Instantes de puro suco de estrelas da música e todos seus excessos.
Legal também é a figura de Peter Saville. Responsável pela arte das capas. Realmente, puta trampo artístico da capa até o último segundo de cada faixa do vinilzão em questão.
É muita coisa. Os perrengues e as ideias para gravações, a barra que foi a morte de Ian Curtis, tá tudo lá. Embora, seja um trabalho “autorizado”, pois está nos canais da New Order, tem situações de sinceridades constrangedoras adoidadas.
Todos os álbuns tem espaço reservado. Assim como a famosa boate The Haçienda e os clássicos da duas bandas. Que na real são uma. Ou, não?! Rende bons papos.
Como é coisas pacas não vou me alongar mais do que embromo. Apenas que a primeira temporada fala da feitura de Power, Corruption and Lies no penúltimo episódio. A cereja do bolo fica para a mencionada Blue Monday. Arrepiei.
A segunda temporada salvo engano saiu em setembro do ano passado. Aí já é New Order total, ou quase. É possível sentir a eminência ‘IanCurtiana’ em algumas passagens. Com o sucesso nos Estados Unidos, a galera desbaratina. E, impressiona como – ou seria por isso – segue na produção de sons que virariam referências para gregos e troianos, ou roqueiros e eletrônicos.
Só pra ter uma ideia, Bernard, Stephen, Gillian e Peter tiveram uns rolês com os reconhecidamente porraloucas do Happy Mondays. Precisa dizer mais nada, né.
No decorrer dos oito episódios, as fitas antes e durante as gravações, agora sob a cobrança de uma gravadora gigante. Pero, sin perder nunca la esencia. Veio pérolas como Perfect Kiss, cujo clip, em 1985, teve participação de um certo Jonathan Demme. Seis anos mais tarde, em 1991, dirigiu o bom filme Silêncio dos Inocentes. Aquele mesmo, do Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) e Jodie Foster (na pele da agente do FBI, Clarice Starling).
Seja na versão original, estendida, ou da Frente! – na real, é difícil estragá-la - Bizarre Love Triangle é muito, muito. A dita faixa é lembrada no episódio 4. Demais. Os dois últimos episódios tratam sobre o encerramento das transmissões, das conexões. Despedida. No fim, parece uma aventura que termina com a cara das bandas. Ao mesmo tempo, melancólica, monocromática, divertida e colorida.
Nas duas temporadas, gente boa deixa seu registro e evidencia o tamanho que essa galera tem. Tem Bono Vox, Johnny Marr (The Smiths), Damon Albarn (Blur e Gorillaz), Billy Corgan (Smashing Pumkins), Tom York (Radiohead), Thurston Moore (Sonic Youth), Neil Tennant (Pet Shop Boys), Tom Rowlands (The Chemical Brothers), Liam Gallagher, e por aí vai.
E, acho que é isso. Confesso que tá nada isento o post da vez. Essas duas banda me fazem companhia desde meados da década de 80, pequenininho mesmo,devia ter dez, onze anos. Com o passar do tempo, o lance só cresceu. Conheci New Order antes (aliás, descobri que minha fita K7 Substance não tinha o disco 2). Joy Division veio anos depois. Comecinho de 90. E ficou. Love will tear us apart é a classicona. Porém, a preferidona é Atmosphere. E a sua?
Enquanto escrevo estou a escutar os caras. Poderia ouvir o dia inteiro. Que coisa.
Um 2025 tudo de bom. Como diria Belchior. 2024 quase morri, esse ano não morro, não.
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