As Vantagens de Ser Invisível é não ser ultrapassado

Mais um filme sessão: “vou assistir uma coisa light pra ir dormir de boa “. É… deu mais ou menos. As Vantagens de Ser Invisível é filme jeitão adolescente/juvenil bem acima da média.
Produção de 2012, volte e meia avistava o cartaz do longa literalmente escrito e dirigido por Stephen Chbosky, mas não dava muita bola. Tolinho, eu.
Poucos dias atrás tropecei num reels da Mubi, cena da Emma Watson, braços abertos ao som de David Bowie. Senti.
Fui falar pra filhota, e ela mandou: “já vi o filme e li o livro!”. Caraca, tou bem por fora mesmo rsss.
Olha só, nem vou me alongar, então. Tentarei, ao menos. Difícil cê não ter visto. Caso contrário, e, sobretudo, se for mãe/pai ou tem gente entre sei lá, 15, 16, 17, 18 anos, da qual nutre afeto incondicional, vale a pena. Se estiver fora deste público alvo, creio que vale o risco.
À primeira vista, pensei se tratar de mais um filme sobre aluno do ensino médio (Charlie, interpretado por Logan Lerman) que não se encaixa na turma e é acolhido pelos “maluquinhos” do colégio. No caso, Sam (Watson), e seu irmão Patrick (Ezra Miller).

Porém, em 1h45min, o drama/romance/comédia toca em assuntos que eram espinhosos na época em que se passa o filme - 1992, o livro saiu em 1999 - e, depois de 30 anos seguem a ferir muitos e muitas. Abuso, depressão, suicídio, drogas, homossexualidade.
A direção de Chbosky vai bem. O longa é bem editado, as conexões com o passado de Charlie longe de soar encheção de linguiça, e o elenco funciona tal qual fita k7 com boa seleção musical.
Emma Watson deslumbrante, desenrola sua personagem de forma que fica fácil de simpatizar. Atuação segura, madura, digna de todos os elogios recebidos na ocasião.
Na opinião deste enxerido que escreve, Ezra Miller surpreende e detona. Total merecido o status de ser considerado uma das revelações da época do lançamento do filme. Muito bom.

Claro, Logan Lerman fecha bacana o trio protagonista. As crises de Charlie saltam aos olhos e agonizam o coração.
Menção honrosa para Mae Whitman, na pele de Mary Elizabeth, que se destacou no círculo de amizades do trio.
Legal também o Paul Rudd como professor de inglês. Aliás, só referências bem interessantes de livros indicados por ele ao aluno Charlie: Dickens, Kerouac, e por aí vai.
Para encerrar, a trilha sonora é deleite pra quem curte rock/pop da época. Além do mencionado responsável por Heroes, tem The Smiths, Crowed House - com a balada chiclete Don't Dream its Over - , L7, Cocteau Twins, e mais coisa clássica de vários estilos.
É isso, para assistir sem pré-conceitos, né. Mesmo em tempos tecnológicos, As Vantagens de Ser Invisível está distante da obsolência.
Ah, segundo a minha personal crítica de filmes e afins, o livro é mais pesado. No Brasil parece que saiu pela primeira vez em 2007 (editora Rocco) e teve edição comemorativa em 2020 com publicação de trecho inédito. Uma hora vou pedir emprestado.
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