“Enchente no sul vai voltar a unir o Brasil.” Quem dera

Então,

Praticamente impossível ficar indiferente ao que acontece no Rio Grande do Sul. Dá nem pra imaginar daqui de longe o estrago causado agora e as sequelas que cairão nos mais pobres. Quem tem grana, tá sequinho. Bobear nem no Sul tá mais.
Como muita, mas muita coisa foi falada sobre a pior enchente da história por aquelas bandas. Só resta tristeza e indignação.
Umas pessoas mais apressadas disseram que a tragédia vai unir o Brasil de novo.
Unir o Brasil é subjetivo pacas. Mas, vamos lá, deu pra entender. Só que, foi mal, creio que não vai rolar.
A máquina que move negacionistas e fake news se alimenta da tosqueira, do preconceito, da falta de noção, de se ver na pele do outro, da outra, e sacia a ignorância de seu rebanho.
Vejo pessoas surpresas de como pode nessas horas terem capacidade de espalhar tanto perdigoto. Gente, o mundo hoje está cada vez mais á direita e, ao contrário da música, ingênuo é quem não reparou.
Sei, cansa. Desde umas paradas de caminhão com doação ser barrado por não ter nota fiscal para chegar com mantimentos a quem precisa, até defender que as autoridades gaúchas e porto-alegrenses não foram avisadas. Negacionaram alertas e previsões feitas há pelo menos um ano.
Poderiam assumir que deram de ombros ou, ao menos, subestimaram. Ôxe, agora o inocente sou eu. Admitir a culpa é coisa de frouxo. Para eles. Esses valores pregados por essa laia é realmente deprimente.
Vale lembrar: essas merdas de teorias e “notícias” colam porque há hordas e hordas de animais (muito menos capazes que o cavalo em cima do telhado) querem acreditar nisso.
Ow, uma dessas coisas nojentas que circulam nas redes me pegou naquela hora: “não é possível que a pessoa disse isso”. E, ainda acreditaram.
Se tratava de uma mulher dizendo que a enchente que assola Porto Alegre é castigo pelo fato da capital gaúcha ter muito terreiro de umbanda. Como que pode isso… deus, se existe mesmo, tinha de dar um jeito de silenciar esta tipo de aberração.
Difícil manter a calma nessa hora. Porém, é necessário se perguntar a quem interessa isso? Quem está por trás disso? Dá onde vem o dinheiro para produzir e impulsionar a propagação dessas mensagens que, no caso do Rio Grande do Sul, prejudica quem mais precisa de um alento.
Se não pode ou não quer ajudar, não atrapalha. Tampouco duvide dos estudos climáticos. Galera que mexe com isso nas universidades, centros de pesquisa, painéis interdisciplinares, merece a devida e bem vinda atenção.
Aliás, instante ranzinza: um pouco de saco cheio dessa ladainha “brasileiro tem de ser estudado”.
Brasileiros e brasileiras precisam é estudar mais, verdadeiramente. Principalmente pessoalzinho que só se informa pelo zap, telegram e demais redes sociais.
Li isso em algum lugar, assim como no início de filmes de catástrofe natural, o cientista é sempre ignorado.
Aos que adoram bradar que o Rio Grande tem de separar do Brasil, estão pianinho, né?!
Certamente, cá com seus botões, sabem que sem a ajuda federal, de outros estados – desde verba até bombeiros e tal – da sociedade civil, e gente do país inteiro (Nordeste incluso, tá), o seu estado estaria…... melhor nem imaginar.
Quando a água baixar, seria bom que se discutisse para valer a crise climática. Crise mesmo, mudança climática soa ameno demais. Baguio tem de ser no choque mesmo. Infelizmente.
Sob a iminência desses extremos (muita chuva, muita seca, etc) virar o novo normal. Se é que já não é. É possível ter esperança (?).
Para alegria dos adoradores do caos, daqueles que preferem insistir no errado, na infantilidade de querer ter razão, em vez de reconhecer os erros e mudar conceitos, a adição de medidas sérias, hoje, é coisa quase utópica.
Galera tem de entender, não é só sobre política. Trata-se do risco da extinção da vida. Quisera ser um exagero chegar a esse nível.
Deu, chega desse devaneio/desabafo.

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