Grafite em Campão, sem essa de ficar em cima do muro

Imagens: Blog do Kishô
Beleza?!

Uma mão para ajudar com a tinta, Outra para garantir uma água para beber. Muita disposição.

Assim, em Campão, se caminhou no domingão de manhã em que, se fez um calor da pêga; Ao menos o toró que se anunciou de véspera tampouco pintou por lá. Ia atrapalhar, eu acho.


Fui lá ver qualé que era. Rolê aleatório quase sempre dá bom. A filhota quis ir também. Bora.

Tava meio no começo, algumas partes ainda aparentava os números demarcados – cada um no seu quadrado – outras adiantadas.

“Pega uns adesivos aí”, ofereceu um carinha, ao abordar a gente. Bem de boa, também fez parte de mais ou menos vinte pessoas que iam mandar ver nos spray e tal (ainda usa Colorjet como gíria para as latas?).


Foram papos rápidos. Sob um sol merecedor de dois riscos para se ter um guarda-chuva protetor, minha parceirinha começava a dar sinais de fadiga e usou o cheiro de tinta como subterfúgio para empreender fuga. Mais tarde, em outro canto da cidade, encontraria fugaz felicidade ao saborear uma saltenha pela primeira vez.


Volto às conversas calçadas na arte de rua. “É legal mostrar que tem gente em Campo Grande que mexe com isso. Hoje, pessoal se inscreveu, tem pichador também”. “Aqui (o muro da vez) é de um prédio do governo, rolou uma burocracia e tal, mas agora tá tudo certo, tá liberado e tem apoio da da prefeitura”.


Até quando estávamos por lá, parecia tranquilo. Como dito mais ou menos lá em cima, teve apoio de empresa que bancou umas águas pro pessoal, e de loja de tintas. “Nós somos os maiores consumidores, né”, disse um. Verdade, faz sentido.

Na real, não sei se é a primeira iniciativa desse tipo em Campão. Espero que continue. Campo Grande, como a maioria das cidades, está distante de ver com bons olhos arte como grafite (no caso), rap, break, skate... entendeu, né. O processo é lento. Semana passada, meu filho assistiu uma batalha de rap. Quem sabe, são bons sinais.


Só andar pelas ruas, quase um milhão de habitantes e um montão de paredes monocromáticas, sem vida. Quando muito, alvos de frases e rabiscos sem graça.


Sinceridade, não fui ver ainda como ficou. Certamente, uma hora verei. Não posso e nem tenho envergadura moral para dizer se os trabalhos ficaram bons, ou alguns, nem tanto.

“Uma vez eu e um amigo viemos aqui. Os caras não quiseram nem saber, tomamos enquadro, mesmo”.

Só de poder exibir sua arte sem ser incomodado vale bastante.


Ah, pesquisa rápida, em 27 de março comemora-se o Dia do Grafite. Agora eu sei, justamente por causa da iniciativa do fim de semana. 


Pode ser que tenha pouco a ver, lembrei de entrevista via e-mail que fiz com o Eduardo Kobra, em novembro de 2020, quando ele esteve em Aquidauana. Tiver a fim de ler - lembrete, era época de pandemia - clique aqui



E é isso.


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Abraço, se cuide.

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