Anime-se com O Menino e A Garça



E aí, tudo bem?

Meio de semana, estava eu no cinema. O Menino e A Garça. Animado. No inglês. The Boy and The Heron. Assisti dublado. Duas horas dirigidas por Hayao Miyazaki. “Ele sempre fala que é a sua última obra”, brinca o filhão. para quem, o Studio Ghibli se redimiu de uns trabalhos nem tão bons assim.

Eu, digamos, não sou tão exigente assim.


Se não ligou o nome à pessoa, esse senhor de 83 anos é responsável por clássicos como A Viagem de Chihiro (2001). Meu Amigo Totoro (1988), e Ponyo (2008).


Bora lá para O Menino e A Garça. Basicamente, o longa de animação tem como personagem principal Mahito, garoto que perde sua mãe durante incêndio em hospital em um Japão que vivia a Segunda Guerra Mundial


Com a morte da mãe, o garoto e o pai vão para o interior. Ele vai parar em uma mansão no meio do campo, onde é apresentado à sua madrasta. A história gira muito em torno da casa. Logo quando chega, uma garça começa a incomodar Mahito, que bola uns planos para dar uma lição na ave de modo bastante incomum para sua espécie. Numa dessas perseguições, o guri avista uma construção sinistra, há tempos desabitada.


Eis que um dia sua madrasta desaparece. Mahito, que havia aceitado com desdém sua “nova mãe” (ela estava grávida), parece ter tido uma crise de consciência e ajuda a procurar a senhora no terrenão que compreende as dependências da mansão.


Aí é a deixa que Miyazaki tem para ser...Miyazaki.

Seres fantásticos – tem rostos que remetem à outros trabalhos do diretor - doses de humor por vezes infantil, recomenda-se ter pelo menos 12 anos. Concordo. É desenho japonês né, não podem faltar situações tristes.


Elenco ao menos mais dois pontos altos nesta produção. A qualidade visual. Difícil eu falar isso, mas a animação é belíssima. O ritmo que transcorre a saga de Mahito, a Garça, personagens que conhecem no caminho, é de uma cadência bem bacana.


Tudo bem, a filhota pescou em umas partes. “Vou ter de assistir de novo, humpf”, brava consigo mesma. Acho que ansiedade demais antes fez ela dar uns mini rolês com Morfeu.

Certeza, ela sabe bem mais de Studio Ghibli que o meliante do pai dela.


A segunda é a trilha sonora composta por Joe Hisaishi. Aliás, escuto nesse momento a playlist do longa enquanto digito por aqui. Um som instrumental daqueles. Para esquecer mesmo que por pequeno espaço de tempo o ritmo frenético do dia a dia. Dá uma paz, harmonia.

No sistema de som do cinema, imagens e sons proporcionam um casamento muito bem. Se der, assista na telona.


Opa, em O Menino e A Garça a experiência áudio e visual é muita coisa, só que não é tudo. Há profundidade na história.

Pensa, deve ser barra perder a mãe ainda garoto. Para piorar, em plena guerra, em que as dificuldades para se viver aumentam. E, por cima, tem de se mudar pra um lugar que te é estranho.


Tarefa para o time Miyazaki desenvolver.


Mahito sente muito a falta materna. E, de repente, usa da fantasia como meio de lidar com o luto. Imaginar mundos diferentes, em meio à escolhas sutilmente filosóficas, em outras partes transparecem sublimes libelos pacifistas, e de autoconhecimento.


Evitei ler por enquanto resenhas sobre esta obra. Vi um título que dizia ser um quê de autobiográfico. Realmente, não sei. Vou ter de saber mais para evitar besteira.


Fico por aqui, vai que ainda vai assistir. Recomendo. A produção concorre ao Oscar de sua categoria. A concorrência é brava. Homem Aranha e Nimona foram os que já assisti e são bons.

Elementos e Robot Dream fecham a lista.

Se a equipe de Miyazaki vencer, a estatueta ficará em boas mãos.




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