Fila para exibição de música clássica. Significa

Tudo bem?

No rolê aleatório da vez, fomos parar no Teatro Glauce Rocha. Meiuca da semana, e fila (!) para assistir música clássica. Rolou receio de repente ficar de fora.


Foi a abertura da nova temporada do projeto Movimento Concerto, da UFMS. Sem muita enrolação, Marcelo Fernandes, regente e violinista, fez breve apresentação do repertório, e agradeceu o bom público em plena quarta-feira.


Homenageado da vez, Johann Sebastian Bach teve algumas obras executadas pelo violinista Heitor Lotti, a pianista Miriam Suzuki, pela Camerata Madeiras Dedilhadas, além do próprio Marcelo Fernandes, que dividiu a regência com Ana Lúcia Gaborim.


Sem pretensão de abordar a parte Bachiana propriamente dita, brinquei com minha filha lá na rampa de acesso à entrada do teatro, minutos antes do espetáculo começar: “o legal é que não tenho nem ideia do que vão tocar”.


Aliás, fiquei surpreso dela e seu irmão aceitarem o convite feito meio na base do se colar colou. O trio de leigos gostou do que viu e escutou. Começou com solo de Heitor Lotti, formado pelo Conservatório Estatal de Moscou, depois violão de Marcelo Fernandes.


Na sequência, o pessoal da Camerata Dedilhada sob regência de Ana Gaborim, e depois, na parte final, a cereja do bolo, todo mundo junto, com direito a Miriam Suzuki, mestre em música pela Universidade do Arkansas, no piano. Muito bom, ela mandou ver no concerto Brandenburg, número 5. Só sabia o nome da composição pois disseram antes. Já em casa conferi outras versões. Bacana.


A exibição teve até pedido de bis. Na canja, a Camerata apresentou Jesus Alegria dos Homens. Essa sim, bem conhecida. Violino, piano, e instrumentos de sopros foram os pontos altos escolhidos pela gente, pobre leigos mortais. Uma noite que soou bem aos ouvidos.


Camerata Dedilhada antes da apresentação
- Blog do Kishô

Escutar e conhecer mais sobre Johan Sebastian Bach, gênio da música ocidental, prodígio alemão que viveu de 1685 a 1750 é uma experiência que, assim como este estilo, merece ao menos uma chance. Longe de se ver na obrigação de uma hora para outra devorar Bach, Vivaldi, Chopin, e tantos outros. Perdão do quase trocadilho, só conheço os “clássicos”. Não á toa, a pessoa estuda anos e anos a obra destes ícones ocidentais.


Negócio é abrir o leque de opções. Distanciar de radicalismos. Pode curtir as suas bandas, artistas, preferidas, e também, de vez em quando jazz, música erudita (se preferir escolher nome nacional tem a alternativa dum Villa-Lobos, por exemplo). Ou o inverso, né?!


Música quando bate bem no ouvido e no coração, tá valendo. Só evitar impor seu gosto, e tá tudo certo.


Após essa viajada, o legal é ver e confirmar que Campo Grande também tem potencial para isso.

Como outras iniciativas culturais, se for de qualidade a população vai. Aprende a gostar.

É preciso ser acessível (no caso, só fui porque era de grátis, mas vale a cláusula preços populares), e que trate protagonistas e público com respeito. Dar oportunidade, ter acesso, e não de qualquer jeito.


Ansioso para uma próxima. E, é isso.

Quiser trocar ideia, dizer algo, estou por aí nas redes e tal.


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Abraço, se cuide.

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