Rustin começa devagar, depois engata uma Marcha sem freios
E aí?!
Faz bom par de anos que deixei de acompanhar mais de perto o Oscar. Creio que com o passar dos anos o desacreditar na nomeação das premiações tomou conta de boa parte da minha mequetrefe sapiência acerca da sétima arte.
Nesse começo de ano, deu na telha de assistir coisas relacionadas ao evento mundial do cinema. Queira ou não, chegar à edição 96 não é pra qualquer um. Nível Academia. Mesmo assim, sem prazo para assistir favoritos como Oppenheimer, Assassino da Lua das Flores, Pobres Criaturas, e Segredos de Um Escândalo, por exemplo. Grana tá curta, sabe como é, né.
Dito isso – antes que engate um Chris Rock e fale demais, vi Rustin. Aliás, o muy amigo do Will Smith está no elenco em um papel que, de repente, todo mundo pode odiar.
O longa-metragem concorre na categoria prêmio de melhor ator, com Colman Domingo, que interpreta o personagem principal do drama dirigido por George Wolfe, e tem entre os produtores executivos, o casal Michelle e Barack Obama.
Tá lá na Netflix, então, momento sinopse:
“Mesmo com o racismo e a homofobia, o ativista Bayard Rustin ajudou a mudar o curso da história dos Direitos Civis ao orquestrar a Marcha sobre Washington em 1963.”
Olha, no começo tava meio desanimado. Depois, o filme de quase duas horas mostra a que veio. Li uma resenha em que a crítica é a de que o filme é centrado em Rustin e não na marcha. Ué, mas o título da obra é… Rustin. Sei lá, fiquei confuso.
Fato é que Colman Domingo vai muito bem na figura do ativista importante nos bastidores de uma época em que os holofotes eram voltados a Luther King, interpretado e bem por Ami Ameen. O elenco como um todo tem atuação justa.
Só o Chris, na pele de Roy Wilkins, político que tem pouca afinidade com Rustin, é meio complicado. Difícil desvencilhar seu rosto de coisas comédia. Se bem que gosto dele em Golpe Baixo (The Longest Yard)…
Imagens: Divulgação |
Basicamente, Rustin trata-se de como originou e foi organizada a marcha em prol da igualdade de direitos aos negros. Segundo o filme, até hoje, a maior manifestação pacífica deste estilo na história: 250 mil participantes.
Paralelo a isso, ou muito sobre, o filme retrata a homofobia porque passou Rustin. Na tentativa de sabotar a marcha, pessoal da oposição pegou pesado. Em meio aos preparativos, Bayard engata ainda romance com Elias (Johnny Ramey), e o que vai dar depois só assistir o filme. Vou dar spoiler, não.
Além da luta antirracista e do trato sobre homofobia, há ainda alfinetadas sobre o machismo dentro do ativismo afro da época. À época, as principais entidades ligadas ao povo preto eram compostas majoritamente por homens na posições de comando.
Sei lá, se mudou muuuito isso nessas paradas militantes de hoje. Será?
Em suma, vou me alongar muito, não. Na real, Colman Domingo segura legal o filme, daí a ganhar a estatueta no dia 10 de março… difícil. Concorre com Bradley Cooper – Maestro, Paul Giamatti - Os Rejeitados, Cillian Murphy – Oppenheimer, e Jeffrey Wright - American Fiction.
Independente da premiação – nem sei se acompanharei ou verei a repercussão na manhã seguinte - Rustin é uma pedida interessante se você curte fatos históricos, direitos humanos e tal. Se você é mais à margem (direita) disso, aí é contigo.
É isso.
Links que dei uma olhada e tem a ver com o filme
_ "Rustin" é filme escondido na Netflix indicado ao Oscar que todos deveriam assistirhttps://www.zappeando.
- Oscar 2024: confira todos os indicados ao prêmio
https://www.bbc.com/
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