"1991: The Year Punk Broke", Sonic Youth com Nirvana a tiracolo é registro imperdível
E aí, de boa?
A dica da vez surgiu lá do, geralmente com razão, detonado e destruído X. Ou Twitter, prefiro assim. Na boa, o algoritmo para minha conta no Threads é tritóxico a mais que a rede cujo dono parece firmemente caminhar pela autofagia.
No último dia 26, André Barcinski comentou algo sobre Thurston Moore e seguiu com “Ele diz que a turnê europeia do Sonic Youth com o Nirvana, em 91, foi o momento mais feliz da carreira. E o filme sobre essa turnê está no Youtube, legendado em português”.
Demorou. Sonic Youth, de quebra Nirvana, assim? Disponível ?! Bora conferir a bagaça.
1991: The Year Punk Broke é documentário de maomeno hora e meia dirigido pelo californiano Dave Markey.
A produção foi filmada durante turnê europeia em 1991. Detalhe: além de Sonic e Nirvana, a excursão contou com Dinosaur Jr.
Entre outras personas, aparecem neste giro de duas semanas, gente do Ramones, Courtney Love, e Gumball (sinceramente, achava que era só nome de desenho bem legal, aliás).
Basicamente, são cenas de bastidores, camarins, hotel, Sonic Youth dando rolê na rua e tal. Thurston faz as vezes de fio condutor do documentário. Kim Gordon sempre por perto, e vez ou outra, as aparições de Dave Grohl, Cobain, e cia.
Pois é, “basicamente”, nesse contexto, ganha ares deliciosos e valiosos. Sem encanar, apenas desfrutar a chance de assistir a zoeira das bandas antes de estourar Nevermind.
E do lançamento do álbum Goo. Volte e meia tem ou tinha em loja de departamento, sessão de roupas, a clássica capa do disco estampada em camisetas. É tipo, pessoa que usa camisa Ramones, e nem tem ideia do que é.
Devia ter comprado uma.
Imagens: reprodução |
Como não só de blablablá, brincadeiras, e sacadas filosóficas/irônicas viviam as figuras, o longa exibe apresentações insanas. Tem de dar um desconto na qualidade do som nos shows. Primeiro, porque é de uns 30 anos atrás. Segundo, soa até bacana esse ar meio tosco. Fica punk.
Sobre Kurt Cobain, minha impressão permanece a de sempre: não era a dele cantar e tocar para multidões. Me parecia desconfortável, diferente do Novoselic e do Grohl. Spoiler: no documentário tem cena famosa do salto do vocalista na bateria. Kurt era melancolicamente massa.
As performances do Sonic Youth são, redundantemente, show. Gordon, Moore, Lee Ranaldo, e Steve Shelley querem nem saber. Tem de manter a imagem de destruírem em ação.
Interessante é Moore dar um tempo nas falas para a câmera para passar o som. Para quem pensava que a distorção/barulheira era fruto de bagunça... Pode ser até que sim, pero, organizada.
Das poucas coisas que li sobre o filme, o consenso de que a galera se divertiu entre uma parada e outra. Parece rolar química boa entre integrantes das bandas, incluso roadies. Entre eles, Joe Cole, que foi assassinado três meses após o término da viagem ao Velho Mundo. O filme é dedicado a ele.
Claro,aquela invejinha do bem ao ver aquela massa de gente no delírio, no pular, e, sem ter ideia de assistir apresentações de seres que se tornariam ícones do rock mundial.
Rola trechos de 18 músicas, entre elas: Teenage Riot, Dirty Boots, Smeels Like Teen Spirit, Polly, e Commando (!), by Ramones (!).
Sem contar, palhinhas do Dinosaur Jr, Babes in Toyland, e Gumball.
Anos 90 talvez tenha sido o último suspiro punk roqueiro de e para as massas. Ironicamente, criticado por Thurston Moore. Mas, isso são outros trocentos.
É isso. Se desejar ver em outra plataforma, creio ser fácil de encontrar.
Se quiser assistir no YouTube, clica aí embaixo.
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Ah, vão links que tem a ver com a dica da vez
- Do medium.com
30 anos: “1991: The Year Punk Broke”, um olhar para a véspera do Nevermind
- E, recorri a ela, a
https://en.wikipedia.org/wiki/
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