E Depois? Pra quem é pai são outros trocentos



E aí?!


Desta vez o assunto é curta. Já viu The After? Partirei do ponto que, creio que assistiu.

Adianto, indico para todos e todas, beleza?! Dito isso, bora lá.


Sinto falta, provavelmente por desconhecimento, de histórias com o pai no olho do furacão. Certamente, essa sensação provém do fato que sou um coroa que tem um filho e uma filha sob o mesmo teto.


Sei, é egoísmo mesmo. Ou sem noção de minha parte, de se incomodar tantas vezes ver a figura paterna retratada estilo pai da Peppa Pig – confesso, motivo principal de não gostar desse desenho (minha filha gosta, por exemplo, e tá tudo bem).

Ou modo fodão/homão da porra/dá conta de tudo/e por aí vai (idealizações que fazem parte de imaginários criados há miliano e tá tudo bem também).


Daí quando aparece dezoito minutos de uma história em que o mote é o luto de um homem que viu a filha e a mulher serem mortas na sua frente, arrepia.

Dirigido pelo nigeriano Misan Harriman, do pouco que consegui pesquisar é fotógrafo, ativista, e o curta é sua estreia na direção. No roteiro, outro estreante, John Julius Schwabach.


O Depois é uma produção britânica e tá lá na Netflix. O personagem principal é o britânico de origem nigeriana David Oyelowo. E ele detona. Cara, vou mentir, não, assisti faz uns dias, e ainda tá na minha mente, verdade…


O filme mostra o sofrimento do antes bem sucedido homem de negócios, e o depois, da tragédia, motorista que remói as lembranças largado no porta-malas do carro ou no local do acidente.

Pode pensar: “tudo bem, mas tem de tocar a vida, não pode viver desse jeito ad eternum”.

Olha, volte e meia, me tira o sono essa coisa de tem de ser forte, nada de pensamentos circulares, coitadismo (termo aliás, que, a depender da entonação de quem expele a palavra, me causa uma antipatia monstra).


Mas, não sei. Sério.


No caso do personagem em The After, o sentimento de ausência, o modo abrupto da perda, fazem do se levantar uma tarefa tal qual escalar montanha.

Independente de quem seja. Ser forte às vezes pode não ser apenas questão de opinião, de vontade, de estalar os dedos e, plim, de agora em diante sem choro pois o mundo vai conspirar a meu favor.


O pai retratado nesse curta – aliás, a produção vai concorrer ao Oscar, mas deixei um pouco de lado dessa vez – precisa de ajuda, ou o mínimo apoio, que possa o deixar menos pior.

Mas, e quando a pessoa literalmente não consegue se ajudar? Não sabe pedir? Tampouco os mais próximos percebem?

Caraca, fim da sessão. Ninguém merece...


The After talvez te decepcione, sério. Sobretudo se é acostumado uo acostumada a longas-metragens e séries. O ritmo é diferente, né, sobretudo devido á diferença na duração do trabalho.


De todo modo, aciono a premissa “meu blog, meus devaneios”. Como pai que se esforça para ser pai, me identifiquei com o personagem protagonizado por Oyelowo. E, dos vários significados que pode envolver o sentimento de perda.


É isso, pra variar. Abobrinhas demais, né.

Na próxima palpito sobre outro curta já assistido. Mais leve, mais um dessa imersão oscarizada que engatei nessas semanas.


E aí, gostou?







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