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Mostrando postagens de 2024

Cinco músicas de filmes que curti em 2024

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Cara, como sou menos ruim de música do que de sétima arte, no aleatório da vez deixo aqui cinco músicas que estiveram em longas metragens que me marcaram neste 2024. Ah, os filmes não necessariamente são desta temporada. Bora lá, que comecem os jogos. Ops, o top-5 de memória audiovisual camuflado de retrospectiva mequetrefe. A ordem não reflete a preferência, escutou?! 1 - Losing My Religion - R.E.M – Aftersun Ow, na real foi o filme que mais me tocou como esboço de pai que sou.  Também não é deste ano, é de 2022 pra 2023.  Escrevi sobre, se quiser ler depois clique aqui .  A parte que rola esse som é destruidor. Menção honrosa ao momento Under Pressure. Mas, David Bowie já é coisa nossa. 2 - Jimmy, Renda-Se - Tom Zé – Ainda Estou Aqui Alas, Walter Salles arrepia desde o começo do filme (merecidamente) queridinho de geral rumo ao Oscar. Confesso que não escuto muito Tom Zé, porém, este som ficou e é mito bom.  Se bem que também tem Erasmo Carlos. É...Preciso dar um...

Vídeo em curso mostra que, em MS, O Vinil Não está Morto

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  Trabalho de conclusão de curso bacana da agora oficialmente companheira de profissão Amanda Ferreira  sobre colecionadora e colecionadores de vinil. Em quase 20 minutos, o vídeo funciona também um pouco como resgate não só do long play, cujo som ainda hoje é o melhor em comparação a qualquer outra coisa que toca música.  O Vinil Não está Morto tem uma edição e imagens modo climão memórias, de um tempo passado, em que agulha sobre disco reinava a bordo daquele inconfundível barulhinho antes da faixa começar. Sem contar as artes das capas. Caraca, ares de flashback total. Que legal.  Jornalismo também é contar histórias, descobrir personagens e tal, e a escolha pareceu bem acertada.  Pedro Espíndola e André Samambaia são os que conheço.  Os demais quem sabe trombo quando rolar uma próxima feira. Vou achar ruim, não.   Valorizar primórdios e artistas de peso da música sul-mato-grossense - muita coisa nem me ligava que tinha saído da terrinha - foi...

Dica de som que só escutei agora e já faz barulho há dez anos

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  Cara, na real, pra mim só Slow Jam 1 já valeria. Mas, I’m in Your Mind Fuzz tem mais coisas. Momento só escutei agora, esse álbum da banda King Glizzard & The Lizard Wizard completa uma década.  O som do grupo australiano tem dez músicas com um som difícil de rotular. Eu acho.  Saca a bagaça “explicativa” da conta deles no Spotify  “...expansive jazz-rock, to spaghetti Western soundscapes, semi-acoustic cosmic ballads, sci-fi prog, kaleidoscopic garage rock, thrash metal, explorations of microtonal tunings, kraut-rock and more”. ??? Vamos lá, a base deve ser um rock com psicodelia. Parece sonzera boa das antigas. Quer dizer, mais ainda, modo antes de 2000. Chama a atenção também os nomes das faixas. Pela ordem, I’m In Your Mind Fuzz, I’m Not In Your Mind, depois pula, vem I’m in Your Mind Fuzz. Ainda tem a Slow Jam 2, que fecha 42 minutos de sons bem legais. Entre as preferidas, além da “popzinha” I need to slow my mind down low, dei um visto em I’m Not In Y...

Só assisti agora, goste ou não, Cate Blanchett mostra porque é a Tár

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Deixar bem claro, curti Tár. O fato de gostar de Cate Blanchett pesa muito. Merecia tanto quanto Michelle Yeoh a estatueta de Melhor Atriz, que venceu com Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Na boa, achei o filme bem superestimado. Enfim… Blanchett conta dois Oscar, a principal, olha só, por Blue Jasmine. A produção já foi alvo dos meus pitacos. Tiver a fim de ler, clique aqui . Em Tár, dirigido por Todd Field, se ainda não sabe, Cate encarna Lydia Tár. Maestrina e compositora fodona que comanda com mão de ferro a orquestra de Berlim.  Manda, desmanda, faz acontecer. E paralelo a isso, tem uma companheira (Sharon, interpretada por Nina Hoss) com quem cria uma menina, a Petra (Mila Bogojevic). Pelo que entendi maomeno, o filme meio que dividiu a galera. Li um texto legal que aborda esse lance, escrito por João Luiz Sampaio, no site Concerto.  Teve gente que acusou a ficção (bom lembrar) de misoginia. Por outro lado, outro pessoal viu mais como questão de poder, como alguém se ...

O Trem Italiano da Felicidade, ou, ainda existe gente boa no mundo

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Semana osso demais… Mas, juntar forças para o modo ho ho ho, fim de ano, etc.  O Trem Italiano da Felicidade é boa pedida.  O longa dirigido por Cristina Comencini é baseado no livro Crianças da Guerra, de Viola Ardone. O drama tem um pouco dessa vibe de boinha própria de virada de ano. Acho que você sabe maomeno a história. No pós guerra, fim dos anos 40, trem levava crianças de famílias pobres do sul da Itália para cidades da região norte, até hoje mais abastada que a área de Nápoles e tal.  Eram meio que adotadas por famílias voluntárias e por um período matavam a fome. E tinham uma noção do que era uma vida decente.  Em 1h45, que passa rapidinho (o que considero bom sinal), Il Treno dei Bambini centra nas situações de Amerigo, que é mandado pela mãe Antonietta para a viagem de trem. Apesar do longa pincelar assuntos como a desinformação (por exemplo o comunismo que “comia criancinhas), machismo (mesmo dentro da galera esquerda), Comencini opta por não pesar a mã...

Só assisti agora, Anticristo, lá de 2009, Lars Von Trier

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  Tudo bem, aproxima o período natalino e tal. Fazer o quê, só agora assisti Anticristo. Lá de 2009, Lars Von Trier. Ah, maomeno naquela: quem curte os trampos do diretor dinamarquês dificilmente deixará de gostar do drama/terror de quase duas horas. Desde que assisti Dogville (confesso, não verei uma segunda vez) considero bem interessante seu trabalho. Bom, caso não assistiu ainda, tudo bem, tampouco insistirei. Se não, tá ligado ou ligada, resumidamentíssimo, trata-se de casal que tem de lidar com o luto do filhinho pequenininho. Que morre enquanto pai e mãe fazem sexo enquanto lavam a roupa suja. Os protagonistas são Willem Dafoe e Charlotte Gainsburg, respectivamente Ele e Ela. Dafoe é psicólogo, e entra numas de “tratar” a mulher. Gainsburg, em atuação premiada e destruidora, é escritora e explicitamente quem mais sofre com a morte de Nic. Cara, Lars Von Trier capricha na edição. Loas para o diretor de fotografia Anthony Dod Mantle. Imagens lindas pra contrastar com o ambient...

Para muitos, assistir Senna bateu forte

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  Assim como era ele nas pistas, Senna, da Netflix, me surpreendeu. De antemão agradeço por enfim tirar da minha cabeça - acertadamente ignorada na trilha sonora - a música de gosto muitíssimo duvidoso cantada por Leandro e Leonardo: Cavaleiro do Asfalto. Se não lembra ou jamais escutou, continue assim. “Ele não fazia cena, cena…”, melhor deixar quieto. Cara, o que tenho pra falar sobre a minissérie sem chover no molhado? Aliás, situação em que o protagonista adorava correr. Nada, mas bora lá com os pitacos da vez. Dirigida por Vicente Amorim e Julia Rezende, e, segundo pessoal especializado, com “curadoria” da família Senna, pra mim foi uma volta no tempo. Muitas partes rolam lembranças afetivas. De acordar de madrugada e minha avó já na sala, quietinha, atenta, na dela, para assistir as corridas em frente da televisão. Não duvido ter herdado muito de gostar de esporte por sua causa. O que deu de gente lembrando de entes queridos que ainda estavam aqui há 30 anos não caberia em In...

Só agora fui apresentado ao Meu Amigo Robô

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O “azar” foi sair em um ano que teve O Menino e a Garça, e Homem Aranha e seus multiversos. Robot Dreams (Meu Amigo Robô), de 2023, é uma baita animação que só assisti agora. Do espanhol Pablo Berger, é uma adaptação de um conto de Isaac Asimov (nome obrigatório pra quem curte ficção científica). O longa animação de uma hora e quarenta é muito bonito. A história gira em torno de Dog, solitário cachorro que decide comprar um robô pra lhe fazer companhia. Não demora e eles se dão super bem. As partes em que eles dançam estão entre as preferidas.  Ah, o filme não tem diálogos. Pode parecer estranho, já que se passa em um mundo animal sem pessoas humanas, mas gostei de não escutar cachorros e afins a falar.   Tudo muito bem, tudo muito bom, até que o robô e o Dog se empolgam na praia e o ser metálico pifa diante da combinação areia e água salgada.  Daqui em diante, a animação mostra pra valer a razão de seu sucesso. Pena que passou bem longe das salas de cinema. Eu nã...

Pelo que entendi, em Cabeça de Toco tudo é Mato e em gotículas

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  Cartaz das apresentações realizadas na Casa de Ensaio Nem sei ao certo o porquê de escrever sobre a apresentação Cabeça de Toco. De repente é mais deixar um registro. Pode, ser. Volte e meia gosto de ver coisa que não sou pingo capaz de tecer opiniões embasadas. O lado bom é assistir lances tipo esse que literalmente rolou na Casa de Ensaio. Aliás, nunca havia adentrado por lá. Bem de boa, adoramos a coleção de livros: enxuta, porém com muita coisa boa. Djamila Ribeiro, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, fora clássicos e por aí vai. Fiquei de ver se posso de repente pegar emprestado. Ers sabadão de manhã. Pouco mais das dez quando adentramos à escuridão na qual a performance seria executada. Renata Leoni, Marcos Mattos, Marcus Perez, tocos, a rolarem. Um baguio, sei lá, imersivo (pode falar assim?), solitários pontos de luz e ao fundo um som instigante. Tudo é Mato, tudo é Mato!, verbalizava Febraro de Oliveira em frases contidas, às vezes nem tanto, de situações bem MS...

Buffalo 66 canta de Gallo. Junto com Christina Ricci, claro

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Fazia um tempo que tava a fim de assistir Buffalo 66. Tudo bem, não desde 98, quando o longa foi lançado. Uma das histórias que li foi a de que Vincent Gallo participou de algumas coisas antes pra juntar grana e poder produzir, dirigir, trilhar,e atuar. Um filme pra chamar de seu. Acho que Jhonny 316 entra nesse pacote mas não tenho certeza. Aliás, já escrevi umas groselhas sobre essa produção no bloguinho. Quiser ler, clique aqui .  Ow, Buffalo 66 tem uma pegada, sei lá, faz lembrar coisas nacionais. No longa de quase duas horas, Billy (Gallo) deixa a prisão e parte em viagem para reencontrar a mãe e o pai depois de um tempão. Em meio à saga pra achar um banheiro e fazer o número 1, topa com Layla. Christina Ricci, óbvio, manda muito bem na pele da mulher que acaba sequestrada por Billy. O motivo do crime: se passar por sua mulher diante da família. Daí entram em cena mais dois nomes de peso. Seu pai Jimmy (Ben Gazarra) e a sua mãe Jan (Anjelica Huston) se mostram legais à primeir...

Assisti agora, A Garota Ideal é comédia que às vezes transtorna

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Só assisti agora. A Garota Ideal (Lars and the real girl) diz  que é comédia com romance. Engraçado…o australiano Craig Gillespie traz ao filme de 2007 um ar nonsense, pra não dizer bizarro em muitas ocasiões.  Com Ryan Gosling muito bem no papel principal, o longa de quase duas horas é sinistro, e desenrola tão bem que, se você bobear, nornaliza a bagaça que emana de Lars e sua namorada Bianca.  Se você não assistiu, a tal Bianca é uma boneca.  A “love doll” foi comprada por Lars, um cara timidão que se revela aos poucos o que pode ter o deixado tão introspectivo. O esforço que o entorno de Lars faz em normalizar a vida do casal é digna de Show de Truman. Nisso reside boa parte da graça do longa.   Na boa, vou parar por aqui porque bateu um sono destruidor. Desses que quando for deitar, ele vai embora e te deixa na mão. Fazer o quê, né.  Mas, cara, assista.  E tire suas próprias conclusões. O filme não fez barulho considerável à toa. Depois, se p...

Se Ainda Está Aí, que tal pegar um Estranho Caminho

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  Aproveite o estalo momento cinema nacional e, se der, assista Estranho Caminho. Produção cearense de 2023, chegou em agosto desse ano aos cinemas do país (não em Campão, imagino) , pega um recorte da época da Covid para tratar sobre relacionamento entre pai e filho. Sério, não foi intencional, mera coincidência assuntar novamente pandemia e família. Dirigido por Guto Parente, o filme se passa em uma Fortaleza deserta em decorrência das medidas para evitar que o vírus se espalhasse. Lembra? Bom jamais esquecer, hein?! Negar isso é facilitar que tragédias se repitam. Ver a capital cearense traz nostalgia. Deixa… Fato é que David, interpretado por Lucas Limeira, vem de Lisboa - onde mora há um bom tempo - para Fortaleza por conta de um Festival de Cinema, em que participa com um longa. O problema é que coincide com o agravamento da pandemia, o que gera aquelas medidas para isolamento/distanciamento social. Lembra? Dali pelas tantas vai procurar o pai, que, sei lá, faz uns dez anos q...

Só vi agora, A Voz Suprema do Blues é mais que 'só' Chadwick e Viola Davis

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  Já deve ter visto, né?! E aí?! Tem Chadwick Boseman, tem Viola Davis. Só de ver a dupla em cena, é uma ideia. A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey's Black Bottom). De 2020, pensei que seria um lance meio biografia. Não é bem assim. Ambientado no fim dos Estados Unidos dos anos 20 – em região bem hostil aos afrodescendentes - o longa de pouco mais de hora e meia é dirigido por George C. Wolfe. Ele é quem também assina Rustin – do qual já escrevi umas groselhas. Quiser ler depois, clique aqui .  A maior parte do filme é nas dependências de um estúdio, onde Ma Rainey e banda são contratados para gravar um disco em um dia. Os caras dos instrumentos chegam antes no local e ficam em uma espécie de porão. A sensação de confinamento é real. Assim como a tensão nos diálogos. Racismo, religião, violência entram na conversa do quarteto musical. Todos pretos. As discussões acaloradas e com bons argumentos e sacadas não são “encheção de linguiça”, tampouco rasas. O filme é baseado em uma pe...

Literatura, pandemia, racismo, abandono, adolescência. E a dica é infantojuvenil

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  Topei aqui em casa com literatura infantojuvenil. Quem leu, gostou. Resolvi embarcar nessa. Meu avô, os livros e eu ou como resistir em tempos incertos me surpreendeu. Dentre outras coisas, tem bastante páginas a ver com o 20 de novembro (editado pois tava outubro, bola foraça). Muita consciência… A primeira edição saiu em 2021. Menina Natália, 13 anos por aí, com pandemia de pano de fundo. Em meio ao distanciamento social, boa parte das quase 180 páginas é o relacionamento dela com o seu avô paterno, João. Ateu e bem chegado em astrologia, ele ensaia uma “viagem” por meio de chamadas de vídeo ou de áudio. Os destinos são sete obras conhecidas da literatura brasileira. Mas, focada sobretudo em quem escreveu. Sete nomes. De leitura fácil, Camila Tardelli meio que divide o livro – saiu pela Editora do Brasil - por meio das apresentações das obras apresentadas pelo avô. Entre uma chamada e outra, Natália engata pensamentos recorrentes da sua fase.  Muitos questionamentos e, às ...