Menos livrarias, menos tudo
Lendo página de O Assassinato do Comendador, de Haruki Murakami, sem saber que era minha última vez naquela Livraria Saraiva, no fim de agosto deste ano - Blog do Kishô |
Tudo bem, era questão de tempo a livraria fechar. Só que sempre rola aquela esperança, de, ao menos essa, dentre uma Saraivada, permanecesse ativa.
Última vez que fui lá, no Bosque dos Ipês, meio que contei por aqui. Mês passado, folheei obra do Murakami.
Desta vez, parece que foi mesmo. Como postei em outras redes. Menos por ser a rede em si, mais por livrarias que fecham. Papel cada vez menor na vida moderna. Uma pena.
Nem vou ficar aqui a falar do quanto é bom para a saúde, sobretudo mental, e tal, porque já deve ter visto isso trocentas vezes. Uma pesquisada básica se mostrará suficiente em derrubar qualquer parágrafo contra a ideia de desfrutar das linhas geralmente escritas de preto no branco.
Talvez seja impressão, acho mais comum de ver listas tipo Dez maiores filmes, Dez músicas que marcaram época, top-50 álbuns de rock latino da Rolling Stone (aliás, beeemm duvidosa, hein), e tal.
Já os dez livros, os, sei lá, 100 escritores, escritoras, é coisa mais seleta. Meio que uma bolha, Sociedade dos Poetas Mortos (curto esse filme, foi mal aí).
Na boa, geralmente eu perguntava às amizades, “o que você tá ouvindo?”, “viu aquele filme, e aquela série? Massa, né?!”.
Livro, admito, só depois de certa intimidade. Tem gente que parece se sentir ofendida. Para muitos e muitas, livro nutre certa imagem de intelectual, ou coisa difícil de encarar. Demora muito. Se ainda tiver umas imagens, ainda vai. É caro. Opa, este último depende.
Ouviu falar de livros usados? Sebos? Concordo que há os mais dispendiosos, assim como uma boa comida, show, passeio, roupa.
Cada vez menos livrarias é epílogo de história triste. Inclui-se banca de revistas. Quando moleque, andava muito no centro de Campão, meus pais tinham loja no fim da 14 de julho, passando a Antônio Maria Coelho.
Adorava passar pelas bancas. Principalmente comprar gibis. Daí a se interessar por publicações com mais páginas foi um pulo. Um dos primeiros livros foi do Isaac Asimov.
Hoje não sei se mudou. Muitas bancas fecharam, outras viraram mais pontos de vendas para produtos como capas de celulares.
O novo sempre vence. Livros digitalizados, Kindle, e companhia, são best-sellers que, dinossauro que sou, ainda tento me adaptar. Já li um ou dois livros e publicação de mais de 50 páginas (!), em pdf.
Tá valendo, contanto que leiam. Entretanto, olha só, nada a ver com aquela fita de livros digitais meio que empurrados a fórceps em escolas de São Paulo. Tipo de ideia que padece de Educação.
Bom, vai que um dia adquirir, consumir livro (taí, não sei se audiolivro entra nessa, o que pensa sobre?), vire produto de massa mesmo. Independente de gênero.
Quanto mais leitoras, leitores, melhor. Se pá, até fica mais em conta adquirir uma obra, naquele lance oferta e procura. Sonhar, né.
É isso, o desabafo da vez foi a tristeza de ver recuar os espaço dedicados aos livros, principalmente os de papel. Meus preferidos. Para piorar, tem uns manés que defendem queimar obras. Claro, só aquelas que não concordam com o que pensam (?). Tá nervoso? Vá ler um livro.
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