Além de querer partilhar a vida boa, Rubel parece alçar coisas maiores

 

Imagens: Blog do Kishô

E aí, beleza?!


Domingão que passou, um dia bonito. Pena eu não estar à altura, ao menos tirar uma foto melhor lá no Parque das Nações Indígenas. Preparado estava o Rubel. E eu sempre achei que era rubéu, mas é rubêu. O ê tem som fechado, como pô meu. Ah, entendeu né.


Pois é, de volta a um rolê via MS Canta. Ops, agora é MS ao vivo. Criativo. Tá valendo, o retorno da iniciativa chega antes tarde do que muito tarde. Parabéns aos envolvidos.


De "radical" no domingão, só o skate

Registro do Tecnofighters, podia ser melhor (a imagem)


Lá estava eu, bem antes da atração principal. Destreinado, meio “o que estou fazendo aqui?”. Ainda pouca gente, música eletrônica abriu a programação, Technofighters. Playlist bacana dos caras, gostei , mandaram trecho do Kids, do MGMT, ou como gostam de fazer troça: Minas Gerais Mato Grosso.


Fim de tarde e o som ritmava um domingão bem de parque, mesmo. Pai, mãe, criançada, bastante gente nova, neste caso minha referência etária é bem ampla. Só para ter ideia, sucesso do MGMT deve ter uns 15 anos.


O sol já tinha ido e, antes de eu lembrar Timbalada em, “cada noite é um vestido que o dia tem” (alas, faz hora que desejava escrever isso, acho muito massa), subiu ao palco o pessoal do Forró Ipê de Serra. Não conhecia, achei bacana. Gosto quando, na medida do possível, tem bastante músicos na cena. Vai ver é um pensamento meio proletário, estilo “legal, tem mais gente empregada”, misturado com a possibilidade do som ter mais variações.



Ainda na pegada nostálgica, dá-lhe clássicos do forró. Alceu Valença. Gonzagão, além de Falamansa, Alcei Valença e por aí vai. A mescla nordestina-sul-mato-grossense abre espaço para que venha coisa boa. Apresentaram versões de conhecidas músicas regionais, como Comitiva Esperança, que arrastaram fáceis os pés de casais.


Tudo muito bem, tudo muito bom, e eu, de boa, mas nem tanto, um pouco impaciente para ver o cidadão do Rio de Janeiro, e escutar as faixas que volte e meia me fazem companhia.

Para minha surpresa, a primeira impressão foi positiva. Rubel trouxe a equipe de instrumentistas e backing-vocal ao show. Respeito com a plateia. Sinceridade: achei que viria só ele e um e outro para fazer o tal show “correto”, cachê recebido e adeus Campão.



Comentário nada a ver: sempre achava o rosto dele parecido com o do Conrado, ao vivo pareceu menos. Aliás, faz horas que não vejo o Conrado. Certamente, não está mais em Campo Grande.


Aos 32 anos, já com muita bagagem, arriscou e ou confiou em sua base fiel de fãs e apostou em apresentar músicas mais recentes, como o de As Palavras Vol 1&2 .



Mentir pra quê, né? Eu fui ao Parque para ouvir as faixas que eu mais conhecia e ir embora. A leiga impressão durante e pós-MS ao Vivo, é a de um Rubel mais maduro (clichezão essa, mas veio nada em mente, fica assim mesmo). 


Talvez na tentativa de se descolar um pouco da áurea romântica, saca aquela pessoa que se põe a estudar, se esforça e, pô, quer mostrar o que aprendeu? Pareceu estar nessa direção, tanto em suas parcerias como na construção musical, das letras, e ritmos. O resultado parece promissor. 


Rubel tateia por umas experimentações interessantes. Desde MPB ao funk carioca, com letras explícitas, como conheço pouco o funk do Rio o trato de falar de amor e sexo remeteu algumas vezes ao Exu Baco do Blues. Isso é elogio, o baiano é f... Posso estar viajando.


Em As Palavras, em parceria com Tim Bernardes, Rubel gastou hein: “Palito, paletó, porrete. Porrada, porta, padaria. Pingo, passado, ponto, putaria”. Parece uns lance pau, pedra, fim do caminho, com Arnaldo Antunes… Mais um pouco e dava para expor a letra no Marco, musei de arte contemporânea ali pertinho. Aliás, vale a pena dar um confere. Fica a dica.


Ah, e quando o show começou com o dj nos scratches, me veio na hora um som gringo, bem bom – sou suspeito nesse caso – a baita banda Portishead. Só para não passar batido. Uia, na modestíssima opinião, só recordação nível A. Tal como um Mantra.



O show rolou agradável, uma multidão a fim de partilhar a vida boa, com uma saudade apertada e curtir bastante para ir dormir bem cansada. Depois dessa, literalmente, resolvi tomar o caminho de casa. Segundona é dia de acordar cedo e, já do lado de fora, o medo bobo de toda semana ensaiava a me acompanhar.


E é isso. Fui para escutar as músicas mais famosas e voltei com vontade de entre outras cositas más, escutar coisas diferentes que Rubel aprontou recentemente.


Valeu por mais um rolê. Ao vivo.



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