Comercial-MS em: Sem 12 jogadores e um destino
Se a vida não está fácil para muitos, a do técnico Válter
Ferreira e o Comercial estão longe de ser diferente. Salários atrasados, êxodo
de jogadores, placar adverso, são alguns itens da lista que farão o time
sul-mato-grossense ganhar status de ‘herói’ caso volte de Ceilândia, amanhã
(15), com a inédita classificação para as quartas de final do Brasileiro da
Série D. O jogo será as 14h30.
Ao blog, Válter argumenta que, “o nosso planejamento foi
muito prejudicado pelo aspecto financeiro”. O treinador defende o trabalho da
diretoria e cita a crise no Brasil como um dos fatores para a falta de verba no
clube, que completou dois meses sem pagamento de salários.
“Como todo funcionário, o jogador depende do salário para
manter os compromissos em dia... São várias situações, o ambiente fica ruim”,
diz o treinador.
Na semana passada, seis jogadores foram convidados a deixar
o elenco. Os zagueiro Bruno, Xandão, o goleiro Jefferson, o meia Leandro Oliveira, o volante Caio, e o
centroavante Luis Ricardo.
“Estavam querendo paralisar treinamentos, não ir para
jogos. (Jogadores) Podem reclamar, sem prejudicar o dia a dia do trabalho. A
única coisa que a gente tem é esse mata mata. Respeito os atletas, mas desde
que não atrapalhe a programação do treinamento e dos jogos do clube. Se
manifestem pela imprensa, indo no escritório do presidente, menos prejudicar o
dia a dia do trabalho, a preparação para os jogos, porque nós dependemos dos
jogos para dar sequência na competição. Se você não treina, como é que você
quer ganhar”, fala o comandante, que vive a missão de se equilibrar na tênue
linha que separa jogadores e diretoria.
“Já para ir nesse jogo em casa (do último domingo, 9) não
contava com eles (o sexteto). Salário, clima ruim... Uma semana muito difícil. Foi
a pior semana, mais até do que essa”,
Como o clube ainda não conseguiu pagar os salários, pelo
menos até a noite da quinta-feira (13), mais três resolveram ficar em Campo
Grande. Os laterais esquerdo Murilo e
Salomão, e o direito Mizael, informou o técnico.
“Por mais que a gente tenta administrar, (a situação) foge
do nosso controle”, comenta um resignado treinador. Professor, realmente, com dois
meses de salários atrasados não há quem possa.
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É Maria de Lourdes Abadia, mas pode chamar de Abadião, o palco de 4 mil lugares do jogo no DF - Agência Brasília |
Para a decisão de sábado, no Distrito Federal, Andrezão,
expulso na última partida, e Bruno Nunes, suspenso por cartões amarelos, também
estão fora de ação daquele que pode ser a última partida oficial de um time de
Mato Grosso do Sul em competição nacional no ano. E, estamos em julho. Ainda. “Além
disso tem o Thiaguinho, que tá machucado”, diz Válter, sobre o 12º jogador que
ficará só na torcida.
A arbitragem do goiano Bruno Silva também é lembrada. “Não
concordei com o nível de arbitragem. Tivemos um pênalti claro não marcado e ao
meu ver a expulsão foi rígida demais”. O juiz da vez será o catarinense William
Machado Steffen.
Para compor o grupo, três jogadores do União ABC chegaram
para diminuir os estragos. “Eles não estavam em atividade, estavam no futebol
amador. Mas, são jovens”, pontua o técnico, que estima que o trio tem condição física
de 60%.
“A gente vai confiante de que pode reverter a situação em
Ceilândia como revertemos uma vez ( em 10 de junho, o Comercial venceu o dono
da casa pela contagem mínima). Só que com esse desgaste, sem 12 jogadores e
salários atrasados, no dia a dia se torna mais difícil, não tenha dúvida. Mas,
estamos indo para Ceilândia confiantes na busca da classificação. 1 a 0 dá pênalti,
2 a 1 dá nós, então temos todas as chances de reverter a situação e superar as
adversidades”, declara Válter.
“Eu continuo no comando, porque sou um profissional e acredito
na diretoria, que acho que é séria e que tem condição, mais à frente, de superar
isso. E, não vou desistir de uma situação que nós estamos aí bem próximos de
conquistar. Ficou mais difícil, mas não impossível”. Então, tá, né?!
Abraço
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crédito (Blog do Kishô). Nem ganho nada com isso, pelo menos até hoje. Então,
dê uma força porque estou no débito.
Valeu
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