Um Tio Quase Perfeito parece aquelas comédias norte-americanas. E isso é um elogio.
A melhor coisa de
você assistir a um filme que você não sabia que existia até
comparecer ao cinema é não ter expectativa. Seja ela boa, ou ruim.
Foi o que aconteceu sábado passado. Ganhei uns ingressos e lá fomos
nós (eu, a patroa e as crianças) acomodarmos nas poltronas da UCI,
em Campo Grande.
Sinceramente, “Um
Tio Quase Perfeito”, não seria a minha opção A. Filme nacional,
daí aparece aquele logo Globo Filmes, iihh. O jeito é relaxar. Já
que estamos, divertiremos.
Grata surpresa, é o
primeiro longa que eu vejo do diretor Pedro Antonio. E, na boa, os
demais esperarei sentado. Uma hora vai passar na telinha aberta ou
por assinatura ou por internet.
Marcus Majella, o
tio da história protagoniza uma aventura agradável.
Sabe aquelas
comédias norte-americanas, com aqueles conflitos “pai ou mãe
ausente e crianças carentes que dão trabalho porque precisam de
atenção ou precisam de atenção porque dão trabalho”? Então,
Letícia Island, na pele da mãe de três filhos, e a dispensa
comentários Ana Lúcia Torres, no papel de avó trambiqueira,
engrossa o rol de atores adultos do filme que faz lembrar muito as
produções engraçadinhas/água com açúcar hollywoodianas.
Ana Lúcia Torres sempre dá as cartas com competência |
Ou seja, se chegamos
a comparar com a indústria cinematográfica da sétima arte é sinal
de que a produção brasileira é boa. Entrega o que promete.
Em pouco mais de 90
minutos, a história baseia-se na saga do tio Tony em cuidar das
crianças da sua irmã bem sucedida e divorciada de um político que
sai a viagem de trabalho (como se cuidar de crianças já não é um
ofício muitas vezes).
Majella faz um
sujeito que sonha em ser ator, viver de arte, mas se vira como pode
nas ruas do Rio de Janeiro. Na real, condição de milhões hoje
neste Globo inteiro. Acho que o roteiro nem tem a intenção de ser
imprevisível. Tem uns rompantes panfletários (?), mas nada demais.
A aposta recai mesmo na atuação do elenco. E, aí sim vai a minha
surpresa, a atuação do trio sub-17 foi de gente grande. Ao
contrário do que acontece geralmente. Ao contrário das produções
dos EUA.
A trilha sonora
também é bem agradável.Para quem tem
compromisso mais com a pipoca e uma boa matinê, eu recomendo. Depois
que virei família me emociono mesmo. Fazer o quê.
Se meu filho
pré-adolescente saiu do filme e me perguntou, “Pai, você acha que
um dia os filmes ‘BR’ vão ser melhores do que os dos Estados
Unidos?”, pelo menos alguma coisa de bom o Tio Tony deixou ou
plantou. Se por um tempo
Ás vezes fomos
influenciados pois no dia anterior assistimos um tal Pai em Dose
Dupla, com Will Ferrel e
Mark Wahlberg. E, foi difícil ver até o
final. Dispensa comentários.
Só uma observação
estilo sinceridade constrangedora: é difícil achar Tio Tonys na
vida real. Eu, mesmo, sou mais tiozão pesão na consciência de que
melhorar é preciso.
Abraço
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