Capitão Fantástico, capitaliza e socializa (!?)


Falar sobre Capitão Fantástico é complicado. Primeiro, porque para variar só assisti ao filme lançado no fim do ano passado agora. Segundo, de acordo com uma busca rápida na net, choveu críticas positivas e indicações e prêmios idem.

Daí, fico até sem jeito de chover no molhado. Patroa, filhão, até minha filhota curtiu. Vamos, lá.
A atuação de Viggo Mortensen é muito boa. Mesmo. Ainda mais se você tem na mente a imagem do seu personagem em O Senhor dos Anéis. Por sinal, o novaiorquino de 58 anos também manda muito bem por lá.

Além de Mortensen, que faz o pai de família que dá título ao filme, Frank Langella sempre dá conta do recado. E as crianças/adolescentes da produção de quase duas horas de duração fazem exibição madura.
Fazer o quê, difícil falar mal né?!

A origem de Mortensen pode dizer muito sobre ele ter aceitado protagonizar o filme. Certamente, o povo de Manhattan não morre de amores por Trump e cia.

Os conflitos entre o ensino tradicional e o “alternativo” fazem qualquer mãe/pai de família pensar um pouco sobre a educação que queremos. Os dramas de socializar e socialistar, ou cair na real, capitalizar, estão lá de uma maneira, digamos simplória (?), panfletária (?). A favor, se pelo menos um entre cada dez que assistiram ao longa tiveram a iniciativa de saber quem foi Noam Chomsky, já deve rolar um orgulho na galera que produziu e dirigiu Captain Fantastic.

O mérito e ao mesmo tempo o que me incomodou agradavelmente foi o êxito (comprovado pelas opiniões lidas nos sites especializados ou não de cinema) de conseguir tornar palatável, meio engraçado, meio dramático, os “mundos opostos hipponga e capitalista/urbano”. Da maioria assistir e pensar durante o filme que a vida é assim. Ou pode ser assado. E, será, dá para pegar o que tem de bom em ideologias diferentes, misturar, e fazer uma terceira via de verdade.
Se tu não viu, veja. Se viu, fique à vontade para dizer o que achou.


Ah, não esqueci do citar o diretor. Deixei para o final porque indico um filme muito bom dele. 
Matt Ross foi quem dirigiu Boa Noite, e Boa Sorte, de 2005. Para quem gosta de assuntos como Guerra Fria, comunistas e política, fica a dica.


Abraço

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Dez músicas para Campo Grande no modo aleatório

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.