Cuiabá recebe Grand Prix de Vôlei. Campo Grande, hoje, não tem ginásio
Há pouco mais de oito meses, exatos 8 de outubro, neste
mesmo espaço, lamentei a situação esportiva de Mato
Grosso do Sul, na véspera de completar seus 39 anos. Em
certo momento, escrevi na ocasião a coluna que levou o
título “MS nem se compara com MT”. Infelizmente, mandei
um “No vôlei, em 2008, os cuiabanos não receberam um
jogo isolado da seleção. Sediou vários no Ginásio Aecim
Tocantins com a Copa América de Vôlei. E o Guanandizão
o maior e mais importante local esportivo coberto da
Cidade Morena? Interditado, é só lembranças. Como em
2004, quando recebeu duas partidas da Liga Mundial
diante da poderosa equipe de Portugal. E lá se vão 12
anos”.
E cá estamos em junho de 2017. Com ares de reprise,
literalmente, a situação se repete. É bom salientar que, no
começo do ano, tanto prefeitura quanto governo estadual
anunciaram que, enfim, o Ginásio Avelino dos Reis sairia
do limbo para voltar ao que foi e tem de ser: o principal
ginásio de Mato Grosso do Sul. Alguns defendem sua
demolição para erguerem uma estrutura atual. Ou que se
faça outro poliesportivo. Conjecturas para outrora.
Miremos no caso concreto, no hoje. E o presente é este.
Inexiste em Campo Grande palco apropriado para evento
grande, nacional, internacional, que tenha de ter um bom
piso, boas instalações, local agradável para esportistas e
público.
Enquanto isso, depois da Copa América de Vôlei, em
2008, portanto quatro anos depois dos históricos dois
jogos da Liga Mundial no Guanandizão, Cuiabá será palco
de seis jogos válidos pela fase classificatória do Grand
Prix de Vôlei. Torneio mais importante ainda. Pois é,
amigos, mês que vem, entre os dias 20 e 23, a capital matogrossense
recebe a seleção comandada por José Roberto
Guimarães. O Ginásio Aecim Tocantins, que fica ao lado
da Arena Pantanal (por favor, sem comparações entre
estádios (d)e futebol, no melhor estilo “apelou, perdeu”),
receberá ainda as equipes dos Estados Unidos, da Bélgica
e da Holanda.
Bom, você pode achar que eu esteja radical
demais. Afinal, em setembro, teremos uma etapa do
Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Que bom. Mas,
convenhamos, pensar deste modo é bloqueio. Temos de
ter mais sacadas. Por que não pleitearmos um evento
internacional? Convenhamos, o esporte de quadra
ainda atrai mais os olhos dos torcedores em geral do
que o da areia. E, sem bairrismos, mês que vem, na
capital de Mato Grosso, desembarcam gente e estrutura
e mídia daqui e do exterior. Só para entrar em uma
das partidas, o valor da arquibancada é de R$ 40. Fora
a propaganda gratuita da cidade e do Estado, Brasil
afora.
Aquelas variantes e encargos que acompanham todo
grande evento esportivo, creio que Mato Grosso do Sul
tem como se virar (rede hoteleira, restaurantes, logística
nem se fala etc.). O problema, curto e grosso, é: Campo
Grande não tem ginásio. Talvez daqui a pouco. Hoje, não.
Assim, não só a grama do vizinho parece ser mais
bonita. A quadra, o ginásio também. E é. Até quando?
Passo a bola para os envolvidos.
Abraço.
*Texto editado da edição de hoje (17) do Jornal O Estado MS
mesmo espaço, lamentei a situação esportiva de Mato
Grosso do Sul, na véspera de completar seus 39 anos. Em
certo momento, escrevi na ocasião a coluna que levou o
título “MS nem se compara com MT”. Infelizmente, mandei
um “No vôlei, em 2008, os cuiabanos não receberam um
jogo isolado da seleção. Sediou vários no Ginásio Aecim
Tocantins com a Copa América de Vôlei. E o Guanandizão
o maior e mais importante local esportivo coberto da
Cidade Morena? Interditado, é só lembranças. Como em
2004, quando recebeu duas partidas da Liga Mundial
diante da poderosa equipe de Portugal. E lá se vão 12
anos”.
E cá estamos em junho de 2017. Com ares de reprise,
literalmente, a situação se repete. É bom salientar que, no
começo do ano, tanto prefeitura quanto governo estadual
anunciaram que, enfim, o Ginásio Avelino dos Reis sairia
do limbo para voltar ao que foi e tem de ser: o principal
ginásio de Mato Grosso do Sul. Alguns defendem sua
demolição para erguerem uma estrutura atual. Ou que se
faça outro poliesportivo. Conjecturas para outrora.
Miremos no caso concreto, no hoje. E o presente é este.
Inexiste em Campo Grande palco apropriado para evento
grande, nacional, internacional, que tenha de ter um bom
piso, boas instalações, local agradável para esportistas e
público.
Enquanto isso, depois da Copa América de Vôlei, em
2008, portanto quatro anos depois dos históricos dois
jogos da Liga Mundial no Guanandizão, Cuiabá será palco
de seis jogos válidos pela fase classificatória do Grand
Prix de Vôlei. Torneio mais importante ainda. Pois é,
amigos, mês que vem, entre os dias 20 e 23, a capital matogrossense
recebe a seleção comandada por José Roberto
Guimarães. O Ginásio Aecim Tocantins, que fica ao lado
da Arena Pantanal (por favor, sem comparações entre
estádios (d)e futebol, no melhor estilo “apelou, perdeu”),
receberá ainda as equipes dos Estados Unidos, da Bélgica
e da Holanda.
Bom, você pode achar que eu esteja radical
demais. Afinal, em setembro, teremos uma etapa do
Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Que bom. Mas,
convenhamos, pensar deste modo é bloqueio. Temos de
ter mais sacadas. Por que não pleitearmos um evento
internacional? Convenhamos, o esporte de quadra
ainda atrai mais os olhos dos torcedores em geral do
que o da areia. E, sem bairrismos, mês que vem, na
capital de Mato Grosso, desembarcam gente e estrutura
e mídia daqui e do exterior. Só para entrar em uma
das partidas, o valor da arquibancada é de R$ 40. Fora
a propaganda gratuita da cidade e do Estado, Brasil
afora.
Aquelas variantes e encargos que acompanham todo
grande evento esportivo, creio que Mato Grosso do Sul
tem como se virar (rede hoteleira, restaurantes, logística
nem se fala etc.). O problema, curto e grosso, é: Campo
Grande não tem ginásio. Talvez daqui a pouco. Hoje, não.
Assim, não só a grama do vizinho parece ser mais
bonita. A quadra, o ginásio também. E é. Até quando?
Passo a bola para os envolvidos.
Abraço.
*Texto editado da edição de hoje (17) do Jornal O Estado MS
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