Só escutei agora, pós punk da Motorama é melancolicamente bom

Reprodução

Rapidinho aqui pra dizer que só escutei agora: Motorama.
Banda pós punk russa (ao que indica, de Rostov). Doido, né? E, parece, é bem conhecida. Inclusive tocou este ano no Brasil e tal. Insólita também foi a maneira como cheguei nesse som. Dica da Patrícia. Valeu.
Cara, se você conhece o trampo de Irena Parshina no baixo, da bateria de Michail Nikylin, e da guitarra de Vladislav Parshin (fora o pessoal que acompanha), tá ligado no que a galera do contra vai dizer. É muito Joy Division, rock inglês, etc. Parece mesmo.
O vocal do Vladislav lembra um pouco Ian Curtis – óbvio, Ian Curtis é Ian Curtis e fim de papo – e, se tivesse o clássico sotaque difícil não cravar ter saído de algum lugar da Inglaterra.
Assino embaixo. Tanto que passei boa parte do fim de semana a escutar os álbuns que começaram a sair a partir de 2005. Ow, para ver como a verve “só escutei agora” faz sentido, apenas no Spotify, tem duas faixas que passaram das dez milhões de execuções.
A mais “pop”, Heavy Wave, do álbum Poverty (2015) manda um
“Goodbye my past - Adeus, meu passado
Here comes a vague taste - Aqui vem um gosto vago
Of bitter future bitter future - De um futuro amargo, futuro amargo
Very strange taste - Um gosto muito estranho
Heavy wave is coming - Onda pesada está vindo”
Sinceridade, primeira vez que li o nome da banda, lembrei dos brazucas do Autoramas (também é bacana). Porém, cada um na sua, creio ter pouco a ver. E, bora lá.
Motorama, pelo que entendi, tem ao menos quatro álbuns. A depender do número de faixas incorporadas em minhas playlists, Calendar (2012), deve estar entre os preferidos.
Bateria certinha, aquela guitarra sem vergonha de ser brit pop, e um baixo competente. A faixa White Light é de boa.
“So many things she tried to forget - Muitas coisas que ela tentou esquecer
So many things he tried to save - Tantas coisas que ele tentou salvar
Inside of my head i feel cool breeze - Dentro da minha cabeça eu sinto a brisa fresca
Good beginning for the storm - Bom começo para a tempestade”


Esse negócio de rótulo sempre me encana. Talvez pós punk seja meio vago no caso deles. Ou, para algumas situações rola uma flexibilizada. Em dados momentos, tem um quê de New Wave. De repente,estou divagando. Devagar. Dá até para dançar.
Lado bom, volte e meia a banda segue a produzir novas faixas. Caso de Sleep, and I Will Sing (2023).
Confira And, Yes 
“Clear sky, quiet beauty - Céu claro, beleza tranquila
Cold magic on this side of the Earth - Magia fria deste lado da Terra
Fresh winds ring purely - Ventos frescos soam puramente
In little sparks the morning bursts - Em pequenas faíscas as explosões da manhã
And, yes - E sim
Not everything comes easily - Nem tudo vem facilmente
And, yes - E sim
Not everything goes quite right - Nem tudo dá certo”


Dei uma pincelada bem por cima. Na real, juntou a vontade de escrever com a sensação Somos Instantes de curtir um som que, sim, pode ser tratado como mais do mesmo. Mas, é um mais do mesmo bem feito.
Se interessou, legal. Se já escutou, gostou, não, diz aí.
E é isso.

Ah, as traduções (com exceção de And, Yes), são lá do Letras https://www.letras.mus.br/motorama/
Momento Dá uma força aí
Se curte o bloguinho, apoie. Ou dá uma força a este que escreve.
Via PIX, a chave é lucianoshakihama@gmail.com

Quiser trocar ideia pelas redes
Threads – lucianokisho77
Abraço



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.

Dica da vez é o punk rock do Bravo e Meio Complicando Coisas Simples