Abertura de Festival de Música Clássica foi em modo quem não foi, perdeu


Eita que no dia seguinte da exibição do curta Macário (tema do post anterior), lá estávamos novamente nas dependências do Glauce Rocha. Dia 26 de agosto. Segundona de feriado. De abertura do festival Encontro com a Música Clássica. Junto com a Orquestra Sinfônica de Campo Grande.
Na boa, quem realmente gosta de música deveria ter ido. Perdeu. Foram os espetáculos musicais menos clássicos em que já fui. E isso tem nada, mas nada, de ruim.
Sob a batuta de Eduardo Martinelli, e seu karma com microfone, e Rodrigo Faleiros, valeu demais o molho que os convidados da noite deram.
Precisamos falar e divulgar mais Marco Lobo. Percussionista destruidor. Lembrou Naná Vasconcelos, falecido em 2016 e que neste mês completaria 80 anos. Sei lá, impressão minha.
O baiano foi o principal destaque da primeira parte do espetáculo no Glauce, que abrigou bom público. Junto a Marcos Assunção (outro cujo trabalho carece de mais apreciação), formado na própria UFMS, um “filho da terra” e violeiro de mão cheia, foi bem demais. A versão viola e batuque de Comitiva Esperança e das misturas Bach e tempero brasileiro foram de animar até o mais desconfiado. E ainda tava frio. Polca Saudade também arrancou aplausos e mais aplausos. Sem contar o solo do Lobo. Caraca, que isso… Coisa fina e enérgica. Performance bem legal.
A dupla Marco e Marcos possui um trabalho denominado Viola e Batuque. Escutei enquanto digito por aqui, bem bom mesmo. A Orquestra, aliada ao trabalho já conhecido de Eduardo Martinelli, fizeram muita gente pensar: “que pena, não poder levantar e dançar”. Nunca tinha visto ao vivo um trabalho de percussão deste quilate.
Marco Lobo é monstruoso. O que faz no palco munido de seus instrumentos, só isso, já valeria a ida ao Glauce Rocha. Me senti feliz em poder assistir shows com tamanha qualidade. De grátis. Parabéns aos ouvidos.
Imagens: Blog do Kishô
Na segunda parte, a batuta foi de Faleiros. Ele recebeu Carlinhos Antunes e suas violas. Mandou bem, além da participação emocionante de um coral de vozes. Um emotivo Carlinhos conduziu seus dedilhados e a marcação da Orquestra dr Campo Grande. Em São Paulo, toca o projeto Orquestra Mundana Refugi, trabalho feito com pessoas refugiadas. Massa. Ele tem trabalho de peso na África. Africanita foi emocionante.
Meu, nem sei mais o que dizer. Apenas que, se tiver como, vá ver o que rola nessa semana alusiva ao Encontro de Música Clássica. A depender do cartão de visitas do primeiro dia, momentos clássicos não faltarão.
Como disse a adolescente na saída dos espetáculos da segunda-feira, “quem não tem a cabeça aberta, acha música clássica chata, perdeu (o dia de) segunda-feira. Permita-se a ver, ouvir. Saber mais sobre o estilo, acompanhar o trabalho da Orquestra de Campo Grande. Por tabela, o que maquina a cabeça de Eduardo Martinelli... Disparado, o nome que ajuda na a apaziguar os ânimos e olhar sempre pra frente.
Foi muito bom. Melhor do que esperava. Obrigado aos envolvidos. Realmente não esquecerei tão cedo. Valeu demais a noite de segunda-feira (26). Música clássica parece que cada vez mais se consolida na cidade. Torcemos juntos.
É isso.
Deixar por aqui registros feitos na noite dos dois espetáculos. Longe de ficar um primor, faz falta uma câmera de verdade ou ao menos um smartphone menos dinossauro, mas para este que escreve, testemunha ocular das apresentações, vale e muito.




Mais informações sobre o Festival no Instagram da Orquestra Sinfônica de Campo Grande. Clique aqui

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