Um ano... 4 meses... dá tempo de mostrar algo?

Um ano dá para fazer muita coisa? Depende. Se você for amigo do rei, ou acredita que seja, talvez dê um voto de confiança. Mais um ano, quem sabe. Mesmo se o rei desagrade ao povo, seja tão popular quanto juiz que marca erroneamente um pênalti contra seu time. E, que te force a fazer um papelão sem você assinar o papel.

 No futebol, em quanto tempo dá para cobrar algo? Quatro meses, menos? Olha só o caso do Baptista no Palmeiras. E, mais recente, o Rogério Ceni no São Paulo. Sem trocadilhos com o algoz Defensa y Justicia argentino. Estou a fim, não.

Ídolo do time do Morumbi completou quatro meses e coleciona três eliminações. Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. E aí? Demitir? Com base no “tem de ser para já” do futebol brasileiro, Rogério era para ter saído de Ceni sem cerimônia.

Ou, ele está no rol dos que merecem voto de confiança? Vai que no Nacional, que começa no fim de semana, o Trico-Trico emende três vitórias seguidas?! Sinal de que valeu a pena optar pela permanência do técnico. Que existe um planejamento. Sinal de que a mentalidade está a mudar. Será? O tempo é relativo. No futebol está longe de ser uma certeza matemático-científica. Sou mais o pop oitentão da Metrô e seu, “no balanço das horas tudo pode mudar”.

 Equipes vencedoras chegam ao título com técnicos com anos no clube. E, com almirantes que chegam no meio da tormenta e conseguem levar o turbulento time ao paraíso.
Os “pragamáticos” adoram o mantra futebol é resultado. Sonho em um dia, que cobremos da mesma forma aqueles que nos governa (podemos porque pagamos eles para isso). Ainda há tempo?!
Abraço.

*Texto meu publicado na edição de sábado (13) do jornal O Estado MS

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