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Mostrando postagens de setembro, 2024

Krenak, MS no meio, e até Bonner. Escutar Programa de Índio é a dica da vez

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Fazia tempinho que não escutava as histórias da Rádio Novelo. Gosto muito (não só) da voz da Branca Vianna. Dispensa apresentação o trabalho dessa equipe. Se ainda desconhece, é a galera que produziu o destruidor Praia dos Ossos. Esse Programa de Índio é um baita episódio. Tem Krenak, quem admiro bastante, e foi o que à primeira vista me puxou para dentro. Ele cita sua lembrança sobre o assassinato de Marçal de Souza (foi morto em Bela Vista, no ano de 1983). O agora também imortal das letras é entrevistado para - ponto de partida – falar sobre como surgiu e repercutiu na ocasião o programa transmitido pela rádio da USP na década de 1980. Daí vem a citação da então Rádio Difusora, de Campo Grande, e tal. A parte da participação de William, na época, bem distante de ser o Bonner do JN, é apenas uma das passagens interessantes contadas neste episódio. Cara, sem dúvida, umas das melhores coisas que escutei em podcasts em meses. Claro, a temática é indígena. Só que por um lado bem interess

Curte metal? Dica da vez é a porradaria da Kittie

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Reprodução/Instagram   A dica é porrada e só escutei esse ano. Origem lá do Canadá, a banda Kittie, tá de pé desde 1996, sobretudo com as irmãs Morgan (vocal) e Mercedes (bateria) Lander. O quarteto atual conta ainda com Tara Mcleod e Ivana "Ivy" Jenkins. Cara, na real, esse termo groove metal é sinistro. Na minha visão old school, nem sabia que existia tal estilo. Tá bom, então. No glorioso Wikipédia tem uns termos mais familiares – tudo bem, nem tanto assim - para este que escreve: Metal alternativo, Death metal melódico, Nu metal, e Metalcore. Isso é o de menos. Na casa dos quarenta, Morgan e Mercedes seguraram a onda, passaram pelos perrengues – entre eles a morte da baixista Trish Doan em 2017 – e seguem no metal nervoso. E, calhou delas lançarem álbum novo. Desculpa mais que oportunista para virar dica deste blog. Divulgação Fire encerra hiato de 13 anos sem músicas novas de uma forma contundente. São dez faixas que convém escutar em alto e em um bom som. Para em pouco

(Re) Ver Akira é uma animação gigantesca

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  Tem fanatismo religioso, violência, militarismo, politicagem, golpe de estado, terrorismo, cientista sem noção, bullying, e mais. Porém, há ficção, até um pouco de romance juvenil, e muita muita resiliência e companheirismo. Isso é Akira. Por isso, em minha humilíssima opinião, é o melhor longa de animação que já assisti. Mostra o quanto (momento sinopse Netflix) nesta animação baseada no popular mangá japonês, em que dois amigos de infância são forçados a lutar por sobrevivência no submundo de Neo-Tóquio (fim da sinopse) permanece atual. Esqueça os anos em que a odisseia de Tetsuo e Kaneda são situados. O arco temporal aqui é o de menos. om quase 40 anos desde seu lançamento (1988) – no Brasil chegou em 1991 - Akira não deve nada às produções de hoje no que tange a parte visual. Impressiona o cuidado, o quanto de cores em cada cena, difícil encontrar uma parte, pequena que seja, e dizer “essa imagem ficou tosca”. Sem contar a moto do Kaneda, até quem é reticente com coisa de duas ro

Sete músicas punk e rock para (não) passar o 7 de setembro

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E aí, beleza?! Nesse feriado de independência para pessoas normais, vamos de lista. Eu sei, criatividade zero. Mas, vai que você relembre algo, “cara, faz um tempão que não escutava essa!”. Ou, “nossa, desenterrou esse somm hein”. E, “alas, esse som para tocar sábado vai ser ...”. Fato, sempre tive vontade de listar músicas dessa pegada. Aproveitei essa data sinistra. Olha, assim como a ordem do Top-7, a escolha foi aleatória. Punk. E Rock. Memória afetiva musical. De repente, você nem ache que tem a ver com Independência ou algo semelhante. Tranquilo, se quiser, siga por aqui. Valeu. Bora lá. - Até Quando Esperar - Plebe Rude Meio que um hino, né, dos caras lá do DF. Saiu em 1986, cujo álbum tem o nome O Concreto Já Rachou. Tem reportagem, ou doc – não lembro direito agora – em que o vocalista Philippe Seabra conta como pintou a ideia da puta letra. “Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição” – Pátria Amada – Inocent

Rompendo Silêncios é dança tensa do início ao fim

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  Cartaz afixado na entrada do Teatro Glauce Rocha Imagens Blog do Kishô Lá fomos nós, de novo, Glauce Rocha. Fazia muito tempo, e bota tempo nisso, que não assistia espetáculo de dança. Da Ginga, então, nem pai era ainda. Fim da década de 90 pros 2000, no Aracy Balabanian, se a memória já um tanto baleada não me trai. Terça-feira, 3, segunda noite Rompendo Silêncios. Adentramos ao teatro, e o som ambiente prenunciava algo forte. Elza Soares ecoa dura, pesada. Até a intensidade das luzes diminuir, o repertório musical foi pelo mesmo caminho. No palco, a releitura de "Silêncio Branco" (confesso, não conheço), lançado em 2022, com coreografia e dramaturgia de Vanessa Macedo. Olha, a exibição é tensa. A trilha sonora, iluminação, atuações são tipo filmes que você espera algum momento de respiro, instante sorriso. Negativo. Momentos felizes oprimidos. Oprimidas. Sem muita seara introdutória – levo em conta que você tem certa noção do que se trata a produção da vez - Rompendo Silê