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Mostrando postagens de setembro, 2024

Fui à Casatória ca Defunta e saí mais vivo

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Imagens: Kishô   Rolê da vez foi no Sesc Teatro Prosa, sabadão de tarde. A Casatória ca Defunta são daquelas peças Livre para Todas as Idades. Encenada pela Cia Pão Doce de Teatro , pessoal lá de Mossoró-RN, já passou por Matão do Sul em outras ocasiões. Em 2016, o espetáculo que tem direção de Marcos Leonardo de Paula e texto e música de Romero Oliveira esteve em Campão. Agora, a cidade fez parte da turnê de dez anos da história do (momento sinopse) medroso Afrânio, que está prestes a casar-se com a romântica Maria Flor, mas acidentalmente se junta com a fantasmagórica Moça de Branco, que o conduz para o submundo. Lá, fará amigos e aprenderá uma grande lição, porém não desistirá do seu amor verdadeiro, mesmo que isto lhe custe a própria vida. No palco, três atores e duas atrizes em "pés-de-banco" se encarregam de proporcionar aproximadamente cinquenta agradáveis minutos de espetáculo. Mônica Danuta, Lígia Kiss, Raull Davyson, Diogo Richa e Paulo Lima (podem me corrigir se es...

The Umbrella Academy: temporada final resgata série

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  Eis que The Umbrella Academy chegou ao fim de forma digna. Na real, esta quarta e última temporada recuperou e salvou o fiasco da anterior, que ficou muito aquém. Prova disso é que poucos personagens, quase nenhum, foram aproveitados para os seis últimos episódios da série Netflix. Ah, espera aí, vai que não assistiu e tem interesse de começar. Momento sinopse: “Irmãos com poderes extraordinários se reencontram após a morte do pai e descobrem segredos surpreendentes da família, além de uma ameaça à humanidade.” Voltamos á programação normal. Criado por Steve Blackman, a Academia Guarda Chuva (fica estranho traduzido, né), é baseada em série de quadrinhos. Na derradeira temporada, pelo que entendi, a produção retoma mais a cara dos quadrinhos, já que na anterior quiseram usar a tal liberdade criativa e sair da história original. Deu ruim. Nos episódios que encerram a série no streaming, o ponto de partida é, como sempre, evitar o fim do mundo, e, para isso, ter de dar um jeito em ...

Bardo é um belo filme. Talvez não goste da viagem

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Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, não é pra qualquer um. Ou, não. Lançado no fim de 2022 no Brasil, o filme é dirigido por Alejandro Iñárritu. Cineasta mexicano por trás de filmes como o bom Amores Brutos (2000), o 21 Gramas (2003), e o nem tanto assim O Regresso (2015). Bardo foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia de 2023. Perdeu para o Nada de Novo no Front. O longa-metragem dirigido por Iñárritu retrata a história de um cidadão do México e é pródigo em belas imagens. Seja pelas próprias locações, intervenções artísticas e/ou surrealistas. Se ainda não assistiu, Bardo tem como protagonista Daniel Giménez Cacho (ele participa do Má Educação/Almodóvar, 2004), que incorpora Silverio Gama. Jornalista/documentarista que há muito reside e trabalha nos Estados Unidos. Ele retorna ao país natal para receber um prêmio da associação de jornalistas mexicanos por conta de seu último trabalho. Não, Iñárritu não vai te aborrecer com duas horas e meia de falas sobre jornalismo ou coisas...

Krenak, MS no meio, e até Bonner. Escutar Programa de Índio é a dica da vez

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Fazia tempinho que não escutava as histórias da Rádio Novelo. Gosto muito (não só) da voz da Branca Vianna. Dispensa apresentação o trabalho dessa equipe. Se ainda desconhece, é a galera que produziu o destruidor Praia dos Ossos. Esse Programa de Índio é um baita episódio. Tem Krenak, quem admiro bastante, e foi o que à primeira vista me puxou para dentro. Ele cita sua lembrança sobre o assassinato de Marçal de Souza (foi morto em Bela Vista, no ano de 1983). O agora também imortal das letras é entrevistado para - ponto de partida – falar sobre como surgiu e repercutiu na ocasião o programa transmitido pela rádio da USP na década de 1980. Daí vem a citação da então Rádio Difusora, de Campo Grande, e tal. A parte da participação de William, na época, bem distante de ser o Bonner do JN, é apenas uma das passagens interessantes contadas neste episódio. Cara, sem dúvida, umas das melhores coisas que escutei em podcasts em meses. Claro, a temática é indígena. Só que por um lado bem interess...

Curte metal? Dica da vez é a porradaria da Kittie

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Reprodução/Instagram   A dica é porrada e só escutei esse ano. Origem lá do Canadá, a banda Kittie, tá de pé desde 1996, sobretudo com as irmãs Morgan (vocal) e Mercedes (bateria) Lander. O quarteto atual conta ainda com Tara Mcleod e Ivana "Ivy" Jenkins. Cara, na real, esse termo groove metal é sinistro. Na minha visão old school, nem sabia que existia tal estilo. Tá bom, então. No glorioso Wikipédia tem uns termos mais familiares – tudo bem, nem tanto assim - para este que escreve: Metal alternativo, Death metal melódico, Nu metal, e Metalcore. Isso é o de menos. Na casa dos quarenta, Morgan e Mercedes seguraram a onda, passaram pelos perrengues – entre eles a morte da baixista Trish Doan em 2017 – e seguem no metal nervoso. E, calhou delas lançarem álbum novo. Desculpa mais que oportunista para virar dica deste blog. Divulgação Fire encerra hiato de 13 anos sem músicas novas de uma forma contundente. São dez faixas que convém escutar em alto e em um bom som. Para em pouco ...

(Re) Ver Akira é uma animação gigantesca

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  Tem fanatismo religioso, violência, militarismo, politicagem, golpe de estado, terrorismo, cientista sem noção, bullying, e mais. Porém, há ficção, até um pouco de romance juvenil, e muita muita resiliência e companheirismo. Isso é Akira. Por isso, em minha humilíssima opinião, é o melhor longa de animação que já assisti. Mostra o quanto (momento sinopse Netflix) nesta animação baseada no popular mangá japonês, em que dois amigos de infância são forçados a lutar por sobrevivência no submundo de Neo-Tóquio (fim da sinopse) permanece atual. Esqueça os anos em que a odisseia de Tetsuo e Kaneda são situados. O arco temporal aqui é o de menos. om quase 40 anos desde seu lançamento (1988) – no Brasil chegou em 1991 - Akira não deve nada às produções de hoje no que tange a parte visual. Impressiona o cuidado, o quanto de cores em cada cena, difícil encontrar uma parte, pequena que seja, e dizer “essa imagem ficou tosca”. Sem contar a moto do Kaneda, até quem é reticente com coisa de dua...

Sete músicas punk e rock para (não) passar o 7 de setembro

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E aí, beleza?! Nesse feriado de independência para pessoas normais, vamos de lista. Eu sei, criatividade zero. Mas, vai que você relembre algo, “cara, faz um tempão que não escutava essa!”. Ou, “nossa, desenterrou esse somm hein”. E, “alas, esse som para tocar sábado vai ser ...”. Fato, sempre tive vontade de listar músicas dessa pegada. Aproveitei essa data sinistra. Olha, assim como a ordem do Top-7, a escolha foi aleatória. Punk. E Rock. Memória afetiva musical. De repente, você nem ache que tem a ver com Independência ou algo semelhante. Tranquilo, se quiser, siga por aqui. Valeu. Bora lá. - Até Quando Esperar - Plebe Rude Meio que um hino, né, dos caras lá do DF. Saiu em 1986, cujo álbum tem o nome O Concreto Já Rachou. Tem reportagem, ou doc – não lembro direito agora – em que o vocalista Philippe Seabra conta como pintou a ideia da puta letra. “Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição” – Pátria Amada – Inocent...

Rompendo Silêncios é dança tensa do início ao fim

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  Cartaz afixado na entrada do Teatro Glauce Rocha Imagens Blog do Kishô Lá fomos nós, de novo, Glauce Rocha. Fazia muito tempo, e bota tempo nisso, que não assistia espetáculo de dança. Da Ginga, então, nem pai era ainda. Fim da década de 90 pros 2000, no Aracy Balabanian, se a memória já um tanto baleada não me trai. Terça-feira, 3, segunda noite Rompendo Silêncios. Adentramos ao teatro, e o som ambiente prenunciava algo forte. Elza Soares ecoa dura, pesada. Até a intensidade das luzes diminuir, o repertório musical foi pelo mesmo caminho. No palco, a releitura de "Silêncio Branco" (confesso, não conheço), lançado em 2022, com coreografia e dramaturgia de Vanessa Macedo. Olha, a exibição é tensa. A trilha sonora, iluminação, atuações são tipo filmes que você espera algum momento de respiro, instante sorriso. Negativo. Momentos felizes oprimidos. Oprimidas. Sem muita seara introdutória – levo em conta que você tem certa noção do que se trata a produção da vez - Rompendo Silê...